A GUERRA E A REFORMA

Quando Bush decidiu que iria invadir o Iraque, quem foi para um telão apresentar os argumentos foi um general. Colin Powell mostrou os esconderijos com as armas químicas que no fim não existiam.
Mas Bush convocou um general, o secretário de Estado, um estrategista, para anunciar que estava pronto para a guerra. Uma guerra furada, uma farsa, mas uma guerra.
Sempre foi assim. Os militares justificam com suas estratégias como serão as guerras que os civis inventam em suas cabeças. São eles que vão a campo, não os que fomentam os conflitos.
No Brasil, Bolsonaro manda o filho dizer que pode guerrear contra a Venezuela. O mesmo filho que tratou em reunião fechada com Trump da possibilidade de invadir o país para derrubar Maduro.
Eduardo Bolsonaro é o nosso Colin Luther Powell. E os generais? Os generais são convocados a cuidar da política interna.
A Folha informa hoje que governadores e parlamentares estão apelando aos militares para que assumam com urgência o governo e toquem adiante a reforma da previdência, pois Bolsonaro (como disse Rodrigo Maia) não governa e não sai do Twitter.
Então ficamos assim. Os generais tutelam Bolsonaro e cuidam da reforma da previdência, e o filho de Bolsonaro cuida da guerra. Assim é o Brasil do bolsonarismo, mas acredito que só por enquanto.

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