A LUTA É CONTRA A EXTREMA DIREITA
Não vou falar de Manuela e de Rossetto porque não precisa mais. O que os dois mais representam pra mim é a possibilidade de resgatar Porto Alegre com o voto dos que são os verdadeiros donos do lugar em que vivem.
O povo perdeu a cidade para os acordões e para os interesses dos empresários. Há muito tempo Porto Alegre foi sequestrada pelos que tiram proveito do que ela oferece.
A cidade virou um negócio para poucos. Até as flores das praças foram privatizadas.
Manuela e Rossetto vão devolver Porto Alegre ao povo. Isso é o que importa: a população sabe que pode ter de volta o controle de uma cidade hoje controlada pelos que têm dinheiro.
Mas eu não pretendia falar do que todo mundo já falou. O que me assombrou nessa campanha foi a capacidade de ampliação dos tentáculos da extrema direita. Não da velha direita, mas da direita fascista.
Não esperava que um candidato sempre apresentado como uma figura de centro fosse adotado pelo que existe de mais repulsivo na política.
É assustadora a expansão do bolsonarismo explícito em Porto Alegre, ainda assimilado como discurso de campanha num país que não suporta mais os crimes da família Bolsonaro.
Mas os personagens do conservadorismo gaúcho se aperfeiçoaram e agora muitos deles são extremistas.
A direita mostrou as unhas. A extrema direita é a adversária de Manuela, de Juliana, de Fernanda, de Rossetto e de Porto Alegre. É a adversária dos democratas e dos moradores da Capital.
Essa é agora a ameaça que a cidade das mulheres precisa derrotar. As mulheres vão interromper o avanço do fascismo e retomar Porto Alegre.
Enquanto as investigações do STF e do ministério público do Rio não se TRANSFORMAREm em denúncias e processos, a extrema direita vai continuar deitando e Rolando. A bola da vez está com a justiça.
Aplausos ao texto, MOISÉS. Não há mais o que falar. Disseste tudo.