A MANSÃO E OS CONTÊINERES

Os contêineres que vão armazenar e refrigerar os mortos do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e a mansão de Flavio Bolsonaro são dois retratos sem retoques do inferno brasileiro. Mas apenas dois de muitos outros retratos.

Os ricos e a classe média em condições de frequentar o Moinhos passam pelo purgatório de um contêiner no engarrafamento de mortos antes do sepultamento.

E o filho de Bolsonaro joga na cara de todos nós a ascensão da chinelagem miliciana que o Ministério Público enquadrou, mas o STJ tenta deixar impune.

O recado é este: morram os pobres e os ricos, enquanto a família enriquece sob a proteção da Justiça e de pelo menos um terço da população.

O bolsonarismo acaba com a vida de pobres, negros, índios e gays e, ao mesmo tempo, destrói a soberba dos ricos na hora da morte.

Em tempos bolsonaristas, ricos e classe média do sul maravilha também passam pela humilhação dos contêineres que só pareciam existir no Jornal Nacional e em Manaus.

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