A MÃO PELUDA DOS BANCOS NO DINHEIRO DOS POBRES E MISERÁVEIS

O governo tentou fazer com a ajuda de emergência de R$ 600 o que já havia feito com o dinheiro liberado do FGTS. Quando liberou os saques de contas inativas, o governo induziu as pessoas a pagarem dívidas nos bancos.

O dinheiro do FGTS foi uma tentativa de movimentar a economia pelo consumo e foi também um jeito mandar dinheiro para os sofres das grandes corporações financeiras.

Algumas estimativas indicam que pelo menos 30% do FGTS liberado foram abocanhados pelos bancos.

Agora, o governo queria dar apenas R$ 200 mensais de ajuda de emergência por três meses. O Congresso conseguiu elevar para R$ 600. Bolsonaro e Paulo Guedes tentaram escamotear e atrasaram a liberação, que só começou a ser feita agora, 10 dias depois da aprovação pelo Congresso.

Mas muitos trabalhadores descobriram que a Caixa está ficando com parte do dinheiro, como quitação de dívidas. Não pode, mas está fazendo.

Na verdade, os bancos estavam desde o começo de olho no dinheiro. Tanto que todos os jornais descobriram (até o Jornal Nacional registrou, mas só de passagem) que o cadastro a ser preenchido pelos que pretendem ter acesso à ajuda tinha um aviso indecente.

O aviso está na reprodução de parte do castrado nessa página e foi publicado pelo Intercept. Diz que, caso exista saldo negativo ou débito programado, o auxilio pode ser usado para quitação.

Não pode. Depois dessa arapuca, o governo voltou atrás e retirou o aviso. Mas estava claro que Bolsonaro e os bancos haviam feito um acordo para que a primeira mordida na ajuda fosse dos banqueiros.

O auxílio não é para pagar bancos, essa não é a emergência nem pode ser. A urgência é a sobrevivências das famílias. É a comida, o gás, os remédios.

Mas os times dos competentes executivos dos banqueiros querem resultados para seus patrões a qualquer custo, mesmo que pegando parte do dinheiro que é dos pobres.

Os altos executivos estavam prontos, com suas garras peludas, para pegar o dinheiro que pobres e miseráveis terão para enfrentar a desgraceira financeira provocada pela peste.

A autorização para que os bancos ficassem com a grana foi revogada, porque seria mais um escândalo desse governo fascista aliado a banqueiros fascistas.

Mas agora surgem as denúncias de favorecidos pela ajuda de que a Caixa, o banco estatal que deveria ser dos pobres, está ficando com parte do dinheiro deles.

A ganância não é apenas dos bancos privados, é do banco do governo. O Ministério Público irá agir?