A MULHER BOLSONARISTA

Domingo é o Dia Internacional da Mulher. Por acaso, li que uma mulher riu muito das piadas machistas do humorista Márcio Lúcio, o Carioca, em evento nesta sexta-feira à noite para divulgar os novos programas da TV Record.

O sujeito repetiu a história do furo, usada por Bolsonaro para ofender a jornalista Patrícia Campos Mello. E a mulher que estava com ele em cena ria muito. Quem se dobrava rindo é a jornalista Adriana Araújo.

Uma jornalista dando risada da piada de um reaça que ofende outra jornalista ao sugerir que ela poderia se prostituir em troca de uma informação. Uma mulher fazendo claque para um imitador das grosserias de Bolsonaro. É nojento.

Nelson Rodrigues morreu muito antes da ascensão do cafajeste político de extrema direita. Os cafajestes descritos por Nelson não imaginavam o que seria o macho cafajeste bolsonarista do século 21.

Um sujeito que agride uma mulher para agradar Bolsonaro e ganha o suporte da risada de outra mulher é o típico cafajeste desses tempos horrorosos. Ele tem a cumplicidade da amiga jornalista.

As mulheres quase nuas, que saíam fantasiadas de índias nos blocos do Rio, eram observadas por Nelson Rodrigues por um detalhe. Algumas tinham apenas um fio estreito, um barbante, que tapava o que era possível e transmitia algum cuidado com o pudor.

A mulher bolsonarista é uma mulher sem nenhum pudor. Ela não está preocupada com o barbante. Uma mulher bolsonarista é explicitamente mais grotesca do que o próprio Bolsonaro.

Nelson Rodrigues diria que essa jornalista que riu da colega jornalista, enquanto o humorista da extrema direita repetia a piada infame de Bolsonaro, é uma mulher cafajeste.

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