A SBØRNIA E OS ‘NEUTROS’

Não há politização mais camuflada do que se dizer neutro em momentos de tensão política. Ser neutro hoje é se submeter à resignação do golpe, suas circunstâncias e seus desdobramentos. É um direito, mas quem assume tal posição não está sendo neutro.
Estou sabendo de ‘neutros’ que se surpreenderam com os momentos finais de A Sbørnia ContraAtracka, no fim do semana no Theatro São Pedro, quando o telão mostrou um Fora Temer e pediu Diretas Já.
Só se surpreende quem não conhece Hique Gomez (aí está ele na arte do grande Gilmar De Oliveira Fraga). Artistas não precisam explicitar posições políticas no palco. Mas ainda bem que temos Hique e tantos outros para mostrar a cara e pedir a volta da democracia.
A luta pelas Diretas Já é o que nos mantém atentos e unidos, porque não dá pra admitir que só os projetos da direita é que dão certo.
O espetáculo é, como sempre, inteligente e desopilante em todos os sentidos, mas também é lírico, denso, forte.
Hique está leve e vigoroso ao lado da Simone Rasslan ao piano (que performance) e da Gabriela Santos sapateando (ela não sapateia, flutua).
No fim de semana que vem tem mais, na sexta-feira (21h), sábado (21h) e domingo (18h). Só não vou de novo porque não vou estar aí.
Fora Meirelles. Diretas Já.

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