A VIDA BANDIDA DE GLOBO, FOLHA E ESTADÃO
A grande imprensa brasileira vive um dilema permanente como inimiga de Bolsonaro. Folha, Globo e Estadão batem no sujeito, e só nele e na família e poucas vezes em alguém mais do governo, porque ele os alertou de que todos seriam seus inimigos.
Por bater em Bolsonaro, quase sem consequências, é preciso que de vez em quando façam média com a direita. Se atacam Bolsonaro, têm que encontrar algum motivo para bater também nas esquerdas.
O editorial de sábado da Folha, em que o jornal formula um título pilantra para comparar Bolsonaro a Dilma Rousseff, é uma tentativa de se reaproximar do seu público mais reacionário.
O título, Jair Rousseff, é mais do que desonestidade jornalística e intelectual para dizer que os dois seriam iguais e se complementam porque eram e são gastadores e irresponsáveis.
É um esforço para unir o que não poderia estar nem lado a lado. Temos uma versão em editorial do ‘ah, mas o PT também fez o mesmo’.
Dilma e Bolsonaro seriam quase a mesma coisa, segundo a Folha, mas Dilma seria ainda pior, porque transferiu para o admirador de torturadores um governo quebrado.
A Folha anistia Bolsonaro e não diz que Dilma foi golpeada há quatro anos. E que a direita e a extrema direita governam como querem desde abril de 2016.
Globo, Folha e Estadão levam uma vida bandida e de disfarces desde o golpe de 64. Nenhuma das três famílias (mesmo que os Mesquita sejam apenas simbólicos e decorativos) briga com Bolsonaro em nome da liberdade da imprensa.
Brigam porque são inimigos mortais de Bolsonaro e perdem muito dinheiro na partilha de verbas do governo. Bolsonaro ameaça os negócios.
Mas há um constrangimento na grande imprensa pela incapacidade de abalar Bolsonaro e seus filhos, que desejam publicamente o estrangulamento e o fim dos três veículos.
Nunca, nem nos governos do PT, as corporações da mídia enfrentaram a fúria de quem está no poder como enfrentam agora com Bolsonaro. E nunca bateram tanto na direita no governo como fazem com Bolsonaro.
Tentaram esfolar Michel Temer, para criar uma alternativa mais confiável em eleição indireta. E batem sem trégua em Bolsonaro como uma criatura renegada por desejar o fim dos próprios criadores. Não derrubaram Temer e não conseguem atemorizar Bolsonaro.
É paradoxal, mas Folha, Globo e Estadão vão em frente graças à briga com o indivíduo que, sem querer, lhes proporciona sobrevida com alguns restos de relevância. Sem Bolsonaro, os três estariam publicando receitas de bolo e cursos de jardinagem.
Com Bolsonaro, a grande imprensa se vende como guardiã das liberdades, desde que possa continuar bajulando a classe média reacionária. O editorial de sábado da Folha é a bajulação mais escancarada.
O jornal rasteja em direção à direita, com um agravante. A queda de qualidade dos editoriais, em forma e conteúdo, equipara o texto raso da Folha ao nível de raciocínio do seu algoz.
Os jornais e Bolsonaro se odeiam e são parecidos. Se este texto fosse um editorial, por imitação poderia ter este título: Jair Frias Mesquita Marinho.
Baita análise, Moisés. Parabéns!
Com certeza!
Expressão perfeita.
Parabéns!
Eu venho dizendo isso desde 2002, quando publicava pelo Observatório da imprensa. mEUS ARTIGOS ESTÃO TODOS LÁ NO OBSERVATÓRIO. A ESQUERDA É QUE NÃO APRENDEU A CONVIVER COM UM IMPRENSA QUE VIVE E CONVIVE BEM COM DITADURAS, MAS ENCONTRA SÉRIOS PROBLEMAS EM REGIME REPUBLICANO.
Infelizmente, buscar verdades Na grande Mídia É Quase IMPOSSÍVEl, no mundo. JORNALISTAs e militares, parece que fazem o mesmo curso, para aprender a mentir sem CULPAs, “às favas o escrúpulo”, o importante é derrotar e aniquilar o Inimigo e Manter Seus Privilégios!!!
Eu imagino a mediocridade intelectual de quem se dispõe a redigir um absurdo destes e o coloca como editorial. Mas também muitos já disseram. Quem lê editoriais? É simplesmente nojento vincular esta coisa abjeta que temos como “presidente” com uma mulher como Dilma, que como todos nós pode não agradar a todo mundo.