A VÍTIMA BEBEU? VEM AÍ A TESE DE HAMILTON MOURÃO

A tese do general Hamilton Mourão e de Bolsonaro, de que o fascista de Foz de Iguaçu participou de uma briga depois de bebedeiras, começa a prosperar.

O advogado do assassino quer um exame que aponte se Marcelo Arruda ingeriu bebida com álcool antes de ser morto.

Marcelo estava na festa de aniversário dele. O matador foi até a porta da festa para provocá-lo. Saiu e voltou para invadir a festa. Invadiu o local atirando e matou o aniversariante.

E agora a polícia vai tentar saber se Marcelo bebeu na sua festa de aniversário em que foi morto por um bolsonarista que talvez nem tenha bebido e que agiu como assassino não por ser bêbado, mas por ser bandido.

O que pode acontecer? Marcelo Arruda pode ser o culpado por ter bebido no dia em que fazia 50 anos. Duvidam?

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O JUDICIÁRIO DOS PODEROSOS
Foi ignorada pelos outros jornais a reportagem de ontem da Folha sobre a suspeita de compra de decisão de um desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

O caso envolve uma briga de gente poderosa do Pros pelo comando do partido, que passou pelo TJ.
Sabemos muito pouco do que se passa nessa área, onde o jornalismo raramente se dispõe a entrar.

Não deveria ser um reduto intocável. Mas é protegido como nenhum outro. O poder econômico e outros poderes têm certeza de que manobram parte do Judiciário.

Nem vamos falar do lavajatismo justiceiro, mas do cotidiano de perseguições a jornalistas por figuras que têm certeza de que suas vontades sempre sensibilizam a Justiça.

O jornalismo ainda deve a grande reportagem sobre o que o Judiciário esconde, além das barbeiiragens e arbitrariedades contra pobres, negros e indígenas. E das torturas patrocinadas pela Justiça contra crianças violentadas.

Por isso é interessante a série de textos que a Folha tem publicado com abordagens de abusos dos poderosos que passam por decisões da Justiça.

Só na ditadura o poder econômico alinhado com a extrema direita se sentiu tão à vontade como agora para tentar censurar e calar jornalistas com o respaldo do Judiciário.