Algumas perguntas

Interrogações do seu Mércio, guarda de rua aqui da Aberta dos Morros. Todas óbvias, mas talvez por isso mesmo sem resposta.

Eduardo Cunha renunciou à presidência da Câmara depois de comandar a cerimônia de deflagração do golpe, em nome de toda a direita, e não só do PMDB.

Mas se sabe agora, e ele acabou admitindo com a renúncia, não estava legitimado para conduzir nem mesmo uma sessão comemorativa da Câmara. E muito menos um processo de impeachment da presidente da República.

Outra dúvida de seu Mércio. Se o Supremo agiu tardiamente, no sentido de determinar o afastamento de Cunha, quando o golpe já estava consumado, o que faz agora o próprio Supremo, ou não faz nada?

Cunha vai embora chorando e nós ficamos cheio de dúvidas. Tudo o que ele fez tem validade?

O Supremo vai pelo menos esclarecer, ou o Supremo só entra em questões políticas na hora errada? Quanto tempo irá demorar a elaboração desse esclarecimento?

Enquanto isso, teremos um grande debate de constitucionalistas (como o Brasil tem constitucionalistas).

Seu Mércio acha que não muda nada. Cunha foi embora, Dilma está a caminho da cassação pelo Senado, e o Supremo continua emitindo sinais confusos (vale, por exemplo, que o condenado em segunda instância já deve pegar cadeia e cumprir a pena, ou vale o entendimento do ministro Celso de Mello, que diz que não?).

Cunha já anunciou que volta. Não se duvide de nada. Enquanto isso, Michel finge que governa e a maioria parece fingir que é governada.

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