As ameaças

O que fazer diante das ameaças que os desembargadores do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre receberam? Investigar. Mas investigar, investigar e investigar mesmo, para que cheguem aos autores e suas conexões com o que é apresentado como prova.
Se não chegarem (o que não seria incomum hoje no Brasil), espera-se que ninguém recorra a convicções. O Brasil tem instituições capazes de investigar, denunciar e processar ameaçadores.
Mesmo que alguns ameaçadores continuem livres e impunes. Aécio Neves, por exemplo, ameaçou matar um primo mula (encarregado de pegar a mala com o dinheiro do Joesley) e nunca foi investigado. Porque o Judiciário, em sua mais alta Corte, admitiu que um dia se meteu num caso de Delcídio, mas desta vez não se meteria com Aécio, que isso agora era um problema do Senado.
Aécio foi flagrado num grampo ameaçando matar um envolvido em crime que passou a ser apreciado pela Justiça. E nada aconteceu.
O Judiciário, quando acionado pelo Ministério Público, deveria ser assertivo diante de ameaças. Mas de todas as ameaças, inclusive as que envolvem seus magistrados (já que certos ameaçadores estão fora do seu alcance).

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