Quer divisão de classe num espaço apertado? Entra num avião

O caso da Ingrid Guimarães no avião da American Airlines é apenas mais uma manifestação dos abusos do trumpismo e do bolsonarismo nos ares. Hoje, com ameaça, tudo é possível.

A atriz, que estava sentada na categoria premium, foi obrigada pelos comissários a ceder o assento a um passageiro da categoria executiva, porque o banco do sujeito havia quebrado.

A mulher, numa categoria intermediária, teve que ceder o lugar ao macho que estava numa categoria acima e foi rebaixada a sentar-se num banco da categoria econômica.

Sempre foi assim, com dissimulações, desde a escravidão. São as hierarquias impostas pelas classes sociais, minha filha. E tudo fica bem definido dentro de um avião.

Nos aviões, as poltronas têm classes. E nesse ambiente de imposição classista os machos executivos exercem seus ‘direitos’ e as mulheres têm que ser obedientes.

Ingrid havia chegado, com sua categoria premium, a um estágio da classe média que paga um pouco mais para ficar sentada entre os que podem pouco e os que podem muito. E acomodou-se na premium.

Mas vamos levantar uma hipótese. Se o cara fosse passageiro da primeira classe, que está acima da executiva, aconteceria tudo na mesma sequência?

Alguém da classe executiva, sob a ameaça de ir preso pelos comissários, cederia o assento ao sujeito da primeira classe e iria quieto para a premium? Duvido.

3 thoughts on “Quer divisão de classe num espaço apertado? Entra num avião

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


9 + 3 =