AS MULHERES DE PELOTAS E A DIREITA

Todos os marqueteiros de direita usam sempre o mesmo truque. Eles sabem que um candidato pode ser hospedeiro de uma ideia simplória, mas eficiente: eu sou um sujeito sem ideologias, sem identificação com partidos e sem compromissos com o que é velho.
São os representantes do que há de mais velho na política, mas se apresentam como o ‘novo’. Funciona. Tanto que o atual governador dos salários parcelados, um veterano que se acomodou na direita, elegeu-se dizendo que o partido dele não é o PMDB, é o Rio Grande.
Já o candidato tucano diz que é de direita e de esquerda. Serra, Aécio e mesmo Fernando Henrique sustentaram suas retóricas nessa confusão ideológica. Mesmo que todos eles, incluindo o tucano gaúcho que diz ser de direita e esquerda, sejam de direita.
O que isso prova? Que as esquerdas não conseguem dizer ao eleitor que esses são os candidatos da turma que tira direitos do povo, sucateia serviços e vende patrimônio público. É a turma do golpe.
Todos falhamos ao não conseguir deixar claro que o moço de Pelotas e o gestor de Porto Alegre são do mesmo partido, têm o mesmo estilo e pensam as mesmas coisas.
As mulheres de Pelotas, atormentadas por falhas graves (vou chamar de falhas…) nos serviços de prevenção de câncer do município, sabem bem quem é o moço que diz ser de direita e esquerda.
Ele foi prefeito de Pelotas e estruturou um sistema de saúde precário (e que alguns consideram criminoso), agora sob investigação de uma CPI da Câmara e do Ministério Público.
O eleitor gaúcho precisa saber. As mulheres de Pelotas, principalmente as mais pobres, já sabem.

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