OS DONOS DAS REDES NÃO QUEREM ATRITOS COM A EXTREMA DIREITA

O Twitter suspendeu o perfil de Eduardo Bolsonaro, mas alegou erro e logo retirou o bloqueio. Os donos das redes sociais não enfrentam a extrema direita. Nem a imprensa enfrenta esses caras.

O que aconteceu no Twitter com Eduardo é que um robô mal programado ou um estagiário mal treinado podem ter bloqueado o sujeito. Apareceu um chefe diligente e desfez o equívoco.

As redes temem não só a extrema direita no poder, mas também os amigos que circulam no entorno dos Bolsonaros.

Essa extrema direita somente será afrontada e terá de prestar contas quando Lula vencer.

Quando estiver transformada em um zumbi, sem a proteção de Brasília, será enfrentada, inclusive pelo Judiciário.

Mas só por alguns dispostos a exigir reparação pelos delitos cometidos. Os que têm dívidas com essa gente continuarão como estão hoje, tratando Bolsonaro, os filhos e os agregados com muito respeito.

O problema para o Twitter é que a plataforma decidiu pagar o mico de bloquear e logo desbloquear Eduardo, denunciando assim que se submete às pressões das facções bolsonaristas.

Já havia acontecido algo parecido dias atrás com Luciano Hang, o véio da Havan. Bloquearam e desbloquearam a conta do véio em dois dias.

O Twitter informou à Folha que a conta estava bloqueada em cumprimento a uma decisão judicial. E foi desbloqueada talvez por obediência a uma ordem celestial.

E o brasileiro mortal, comum, sem a proteção da extrema direita? Esse não tem a quem recorrer, principalmente se for de esquerda e não tiver um Deus acima de todos e de tudo.

A propósito dessa postura confusa das plataformas, com critérios que protegem só os poderosos, vale a pena ler pelo menos esse trecho de entrevista do cientista político Giuliano Da Empoli ao Globo.

Estudioso dos governos de extrema direita, o cientista diz sobre as redes:

“As plataformas privadas têm muito poder e pouca responsabilidade quando se trata de moldar o debate público. Elas precisam ser reguladas, e o primeiro passo para fazer isso é impor transparência sobre a forma como funcionam, para que parem de ser caixas pretas misteriosas e poderosas no centro de nossas sociedades democráticas”.

Será possível? A caixa preta deixará de existir, quando o personagem for Eduardo Bolsonaro? É muito improvável.

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