ATÉ TRANSBORDAR

O exibicionismo de Bolsonaro como amigo íntimo de torturadores e assassinos da ditadura pode ter sido seu maior erro até aqui.
Bolsonaro poderia se exibir, como se exibiu muito quando da aceitação do pedido de impeachment de Dilma, quando declarou amor eterno a Brilhante Ustra, mas como deputado. Ele ainda não se deu conta de que não pode mais viver de blefes e ameaças.
Antigos aliados do ‘centro’ estão abandonando o apoio envergonhado que davam ao aprendiz de ditador. Saltam fora e avisam que não dá mais pra conviver com as asneiras e a agressividade do homem.
A lixeira das redes sociais está lotada de fotos de cúmplices de Bolsonaro que se afastam do amigo de Brilhante Ustra e deletam as provas de que se adoravam.
Bolsonaro ficará agarrado aos filhos, a Olavo de Carvalho, a Merval Pereira e a Diogo Mainardi. E talvez à Globo.
Não sobrará mais nada para Bolsonaro, que acaba criando constrangimentos também para os militares que estão no governo e mais ainda para os que estão fora do poder.
Bolsonaro mexeu com um trauma que os mais habilidosos políticos da direita preferem esquecer, porque não ganham nada com isso. Mas Bolsonaro acha que ganha.
Amanhã tem mais, até transbordar.

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