BOLSONARO FOI APENAS UM SOLDADINHO MEDÍOCRE

Bolsonaro disse hoje que o general Qasem Soleimani, assassinado por ordem direta de Trump, não era general. Tentou desqualificar o inimigo do seu amigo (apesar de dizer que ele seria iraquiano…), mesmo que o próprio Bolsonaro nunca tenha feito nada próximo do que faz o mais subalterno dos subalternos do iraniano morto.

Bolsonaro deve ter, no máximo, pintado meio-fio de quartel no Rio, até se reformar aos 32 anos. Nunca foi militar de fato, nunca esteve nem perto de uma linha de frente de nada que pudesse habilitá-lo como militar.

Na única vez em que, armado com um revólver, em 1995, ao ser assaltado, esteve diante da chance de provar que havia sido um bom militar, mostrou que estava destreinado e teve a arma facilmente roubada pelo ladrão.

Mas muitos votaram no sujeito porque acreditam que ele tem a imposição de um valente soldado graduado. Bolsonaro não teve tempo para ser soldado de verdade e nunca foi graduado. Era um tenente que, ao ser reformado para virar vereador do Rio, ganhou a patente de capitão.

Não precisa ser civil, e muito menos da esquerda, para assegurar que ele foi muito menos do que pensa ter sido como tenente.

Em entrevista a Igor Gielow, na Folha, em novembro do ano passado, o general Eduardo Villas Bôas, então comandante do Exército, afirmou:

“A imagem de Bolsonaro como militar é uma imagem que vem de fora. Ele saiu do Exército em 1988. Ele é muito mais um político. Ele foi muito hábil quando saiu para se candidatar a vereador, passou a gravitar em torno dos quartéis, explorando questões que diziam ao dia a dia dos militares. Ele nunca se envolveu com questões estruturais da defesa do país. Mas aí criou-se essa imagem de que ele é um militar”.

Repetindo o que disse o general, para que fique bem claro: Bolsonaro explorou sua condição de tenente para se candidatar a vereador, passando a circular em torno dos quartéis, mas nunca se envolveu com nada, nada, nada da defesa do país.

Bolsonaro foi um tenente que teve como marca de sua formação no Exército, mais até do que os atos de rebeldia, o fato de que, pouco depois de deixar a farda, não soube se defender de um assaltante, como ensina (erroneamente) que devem fazer.

Bolsonaro foi um tenente insubordinado e medíocre, como se sabe, e por isso foi muito menos soldado do que um ajudante raso da tropa do general iraniano.

Bolsonaro deu meia dúzia de saltos de paraquedas nas festa do 7 de Setembro e nunca se envolveu com nada que pudesse caracterizá-lo como recruta ou como oficial.

Se tiver prova em contrário, que fale com o general Villas Bôas. A não ser que Bolsonaro entenda que Villas Bôas nunca foi general.

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