CADA UM COM SEUS MANDETTAS

Todos nós convivemos com Mandettas com os mais variados perfis, nas redações, nas repartições públicas, nas corporações, no comércio, nas escolas, no teatro, em quase todas as artes coletivas, no futebol.

Há sempre um Mandetta em qualquer atividade em que existam chefes inseguros e autoritários e subalternos atrevidos, ou seja, em quase todo lugar.

Eu convivi com grandes Mandettas. E eu mesmo brinquei de ser Mandetta e me quebrei várias vezes. Não me arrependo. Como dizia Darcy Ribeiro, me senti honrado por não estar ao lado dos vencedores.

Em algum momento da vida é preciso mandettar.

(Não é preciso dizer que Mandetta é de direita. Não é essa a questão. O sentido aqui é o da afronta, não interessa a ideologia. E Mandetta é hoje a grande expressão da afronta nacional a um chefe metido a déspota e fraco, talvez o chefe mais molenga de todo o Brasil.)

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O EX-JUIZ VAZIO
Sergio Moro reapareceu e deu entrevista para o site Jota. Perdi alguns minutos agora lendo na Folha o que ele tentou dizer. Não se aproveita nada, nada, nem uma frase.

Moro não consegue dizer nada de relevante. É o ministro mais incompetente de Bolsonaro. Pior do que Weintraub, que pelo menos entrega o que a direita pede.

Moro não consegue entregar nada, não diz coisa com coisa, não defende o governo, não tem opinião, não se expõe.

Por que escrever então sobre um cara que não diz nada? Porque devemos estar atentos a um sujeito que não diz nada mas tem poder. O nada de Sergio Moro é um nada poderoso, um vazio gigantesco.

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TODOS VÃO ESCAPAR?
“Todos vão pegar e todos vão se recuperar”.

Frase do presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), coronel Homero Cerqueira, recuperado da Covid-19, no dia em que o número de mortos pela pandemia no Brasil passou de 1.300.

E o instituto que ele dirige tem o nome de Chico Mendes.

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NÃO FAZEM FALTA
Uma pergunta sincera, que os ingleses fazem entre si na clausura, depois do pavor da disseminação da pandemia de forma descontrolada por incompetência de Boris Johnson: que falta faria Johnson, se tivesse saído da UTI para outro lugar?

Johnson desrespeitou todos os que se submeteram a sofrimentos e morreram, enquanto ele dizia que não era preciso fazer nada.

Se o primeiro-ministro tivesse saído da UTI para nunca mais voltar, seria um problema para os ingleses e para todo o Reino Unido? Não seria. Eles teriam dúzias de líderes capazes de cuidar melhor das suas vidas.

Vale para o Brasil. Que falta Bolsonaro faria? Nenhuma. Melhor seria se fosse totalmente ausente, enclausurado em casa com o Queiroz e o Carluxo.

Johnson e Bolsonaro são mais do que medíocres, são perigosos, o brasileiro mais do que o inglês nascido em Nova York, que ficou fofo depois de entubado.

E Bolsonaro ainda passa a mão no nariz e cumprimenta velhinhas na rua.

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