Cena de um funeral
Uma cena no funeral de Fidel. Imagine um grupo de velhinhos comunistas numa roda de conversa na praça de Santiago de Cuba.
Um deles interrompe a conversa e aponta com a mão para longe.
E ao longe se vê então José Serra e Roberto Freire se aproximando. São os representantes do governo do Jaburu. Os dois vão se chegando e o grupo vai se dispersando. E abre-se então uma clareira no meio da praça.
Serra e Freire entreolham-se, enquanto a turma se dispersa, e decidem sentar-se num banco da praça. O chanceler cruza as pernas, suspira e repete o que largou em uma nota oficial: Fidel foi de fato um sujeito importante para Cuba.
Freire concorda e os dois suspiram ao mesmo tempo. Uma pomba passa perto e não se dá conta, porque pomba não entende nada de diplomacia, que o Jaburu mandou a Cuba o que tinha de melhor.
Os velhinhos dobram a esquina, e um deles ainda olha pra trás em direção à praça, antes de sumir lentamente.
Tudo é possível em Santiago de Cuba, se Fidel está morto.