CUIDADO COM O CRACHÁ
A repressão policial às manifestações em Bogotá apresenta uma novidade. A Polícia Nacional, que atua com violência nas ruas, tem muitos integrantes sem os números de identificação nos uniformes.
Os policiais arrancam a identificação ao saírem dos quartéis, para que seus números não sejam notados ou fotografados. Assim tentam escapar de serem denunciados em casos de arbitrariedades.
A polícia já matou mais de 40 pessoas nas manifestações de rua contra o aumento de impostos, o desemprego e a miséria.
No Brasil, onde num dia a polícia mata 25 pessoas, como aconteceu hoje no Rio, nem é preciso arrancar números e nomes.
Aqui é tudo escancarado. Sempre foi assim.
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ATÉ O DELEGADO
O delegado Rodrigo Oliveira, um dos planejadores da operação que resultou na matança de 25 pessoas no Jacarezinho, disse que, se não fosse o “ativismo judicial” do Supremo, tudo seria mais fácil para a polícia.
Era o que faltava. Um delegado que defende matanças desafiando as decisões do STF e passando a mão na bunda dos ministros.
Agora não falta mais nada. Há muito tempo milicianos defendem publicamente o fechamento do Supremo.
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O NOVO É O VETERANO
A Globo está expondo com insistência um tucano veterano, porque o tucano novo, do ninho gaúcho, ainda não voou meio metro como alternativa para 2022.
A aposta agora é Tasso Jereissati. A direita busca desesperadamente um candidato.
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A VELHICE E O BOLSONARISMO
Não podemos esquecer nunca que Alexandre Garcia, o porta-voz da ditadura, apresentou o Jornal Nacional, nos rodízios de fins de semana, durante muito tempo.
Alexandre é bolsonarista e ainda é a cara da Globo. Foi mandado embora, de acordo com as crueldades corporativas, apenas porque havia envelhecido.
Se fosse jovem ou um homem maduro, continuaria na Globo. A Globo se desfaz de idosos, não de bolsonaristas.
São muitos os bolsonaristas do jornalismo do grupo, todos mantidos sob controle porque os patrões são inimigos de Bolsonaro.
A Globo tem muitos bolsonaristas amordaçados, alguns acorrentados.
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