DEBOCHAR DE TORTURADOS É TÁTICA PARA MANTER ELEITORADO FASCISTA

O deboche que Eduardo Bolsonaro fez da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, quando foi presa em 1972 pela ditadura (foto), é parte decisiva da estratégia de reafirmação de sua posição de liderança na extrema direita.

O filho que mais admira torturadores (só não admira mais do que o próprio pai) precisa consolidar seu espaço no congestionado mercado eleitoral do fascismo.

Há muitos candidatos numa faixa que já encolheu em 2020, nas eleições municipais, e pode encolher mais ainda este ano.

O fenômeno da transferência de votos de Bolsonaro não se repetiu para prefeitos e vereadores, como havia ocorrido quatro anos antes, principalmente para deputados.

Em 2014, Eduardo foi eleito deputado federal por São Paulo pelo PSC com 82.224 votos. Uma votação normal para um sujeito que anda sempre na carona do pai. Mas em 2018 teve o recorde nacional com 1.843.735 votos.

Vai se reeleger com facilidade, agora no PL, e eleger muitos outros na carona. Mas dificilmente fará a mesma votação.

Com o discurso que reafirma a radicalização, num ano eleitoral, Eduardo está avisando: é minha a primazia no espaço da extrema direita que ama a tortura e faz questão de dizer que ama.

Mais do que atacar Miriam Leitão e perseguidos pela ditadura, o que Eduardo quer informar é que a família radicalizará ainda mais, para fidelizar um eleitorado que tem raízes muito mais entre a classe média fascista do que entre os pobres manipulados por todo tipo de mentira.

Não é uma classe média reacionária ou conservadora, é a classe média fascista mesmo. É nessa faixa que ele precisa manter sua base, com votação expressiva, para que não seja abalado por uma queda de prestigio entre esse eleitorado.

Abaixo, os 15 candidatos a deputado federal mais votados em 2018, com os partidos pelos quais se elegeram (alguns mudaram depois de partido).

O que fica claro nessa lista é que recordistas de votos, com raríssimas exceções, são de direita ou extrema direita, a maioria deles eleitos por causa da adesão explícita ao bolsonarismo.

Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) – 1.843.735 votos
Joice Hasselmann (PSL/SP) – 1.078.666 votos
Celso Russomanno (PRB/SP) – 521.728 votos
Kim Kataguiri (DEM/SP) – 465.310 votos
João Campos (PSB/PE) – 460.387 votos
Tiririca (PR/SP) – 453.855 votos
Marcel Van Hattem (NOVO/RS) – 349.855 votos
Helio Fernando Barbosa Lopes (PSL/RJ) – 345.234 votos
Marcelo Freixo (PSOL/RJ) – 342.491 votos
Pastor Sargento Isidório (AVANTE/BA) – 323264 votos
Sargento Fahur (PSD/PR) – 314.963 votos
Capitão Wagner (PROS/CE) – 303.593 votos
Delegado Waldir (PSL/GO) – 274.406 votos
Tabata Amaral (PDT/SP) – 264.450 votos
Policial Katia Sastre (PR/SP) – 264.013 votos

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COPIADO DO TIK TOK

E ainda falta investigar a fundo as barras de ouro dos pastores amigos de Bolsonaro, as vacinas superfaturadas das facções dos amigos de Bolsonaro, os ônibus superfaturados dos amigos de Bolsonaro, o gabinete do ódio e as milícias digitais financiadas pelos amigos de Bolsonaro, as ONGs de gaveta dos jogadores de futebol amigos de Bolsonaro, a mansão do filho de Bolsonaro…

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