DELATORES LEITORES

Os mafiosos da direita presos pela Lava-Jato só não leem mais rápido do que o relator do processo de Lula no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.
Sabe-se agora que o doleiro Lúcio Funaro, um dos leitores mais lentos, leu apenas 13 livros na cadeia e fez sete cursos.
Funaro leu as biografias de Tancredo, Mandela e Lincoln, entre outros. E depois fez resenhas do que leu, para provar que não estava mentindo.
Ele também teve de ler muito para fazer os cursos de atendimento ao público, vendedor, eletricista, inglês, direito do consumidor, biossegurança hospitalar e direito administrativo.
Funaro sai da cadeia como um profissional múltiplo do século 21 do mundo do trabalho intermitente.
Estava preso desde janeiro do ano passado e agora está solto e desfruta da natureza em um sítio com câmeras (que ele colocou), porque reduziu a pena lendo obsessivamente.
As câmeras substituem a tornozeleira. Falta tornozeleira para os bandidos da direita no Brasil.
A Lava-Jato vem formando leitores sofisticados, enquanto Sergio Moro cita provérbios, ditados de mesa de bar e frases do Batman sobre a imposição da ordem.
João Vaccari Neto, tesoureiro do PT preso na masmorra de Curitiba desde março de 2015, não deve estar lendo nada.

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