E SE O VICE FOSSE MAGNO MALTA?

Se o vice-presidente da República fosse Magno Malta (ou quem sabe Janaína Paschoal), e não Hamilton Mourão, os generais estariam até agora com Bolsonaro?
Ou não derrubariam Bolsonaro porque Malta poderia assumir e ser pior do que ele? Alguém pode ser pior do que Bolsonaro, não sendo um dos filhos de Bolsonaro?
Já não teriam derrubado Bolsonaro, Malta, os filhos de Bolsonaro e os grupos milicianos que sustentam o poder?

Se Bolsonaro e os filhos fossem personagens de série da Netflix e conquistassem a simpatia de apenas 30% da audiência, algum deles voltaria para a segunda temporada?
Na vida real estão aí, com 30% de apoio, e ninguém consegue se livrar da família e do roteiro do fascismo.

Se Lula tivesse assinado o manifesto dos tucanos pela democracia e pelas flores da primavera, não receberia tantas bordoadas de Merval Pereira e das esquerdas que pensam como Merval Pereira?
O nome de Lula faz tanta falta nos manifestos tucanos?

Se todos os assassinatos cometidos pela polícia brasileira fossem filmados, viveríamos sob comoção permanente?
No Rio, a polícia mata seis pessoas por dia. Uma a cada quatro horas. Agora, podem estar matando um jovem. No começo da madrugada podem estar matando outro.

Se Bolsonaro aparecesse num hospital de campanha e falasse da sua solidariedade às famílias dos mortos pela Covid-19, alguém acreditaria?
Ninguém iria acreditar. Por isso, Bolsonaro prefere ir a um hospital de campanha e anunciar que a população poderá ter armas importadas.

Se os dois grupos, pró e contra Bolsonaro, se enfrentarem domingo na Avenida Paulista, quem levará porrada com os cassetetes da polícia de Doria Júnior?
Se a mulher do taco de beisebol aparecer de novo, a polícia irá cortejá-la até a área da dispersão, como se fosse uma passista da Unidos do Fascismo Bolsonarista?

Se Bolsonaro não consegue passar sobre uma mangueira que está no chão, como consegue se manter de pé, acossado pelo Supremo e agora também pelas ruas?
Como estará Bolsonaro depois das manifestações de domingo?