É isso mesmo, companheiro: a matança tem apoio popular

Apareceu um adolescente de 14 anos entre os 99 mortos já identificados na chacina do Rio. Chama-se Michel Mendes Peçanha. É só o que se sabe dele.

Também ficamos sabendo que 42 dos já identificados tinham mandados de prisão. E que nenhum dos 99 mortos havia sido denunciado pelo Ministério Público na investigação que levou à matança.

Isso muda o quê no entendimento do brasileiro médio? Não muda nada. A maioria dos brasileiros (55%) e dos cariocas (62%) aprova a chacina, segundo pesquisa do instituto Atlas Intel divulgada nesta sexta-feira.

Se aparecerem mais adolescentes entre os mortos, não muda nada. Nem se identificassem crianças. Tribunais do júri no Rio, em que os julgadores são gente do povo, absolvem policiais que matam crianças com ‘balas perdidas’.

Porque a bala perdida é sempre um risco para quem está por perto, e um policial está autorizado a atirar em quem se mexer.

Se aparecerem 10 idosos entre os mortos, não muda nada. O brasileiro médio quer ações justiceiras, desde muito antes da Lava-Jato. Porque a maioria, como mostra a pesquisa, deseja julgamentos sumários. Matem e resolvam tudo.

Mas, dirá alguém, as armas foram obtidas pela bandidagem nos CACs incentivados pela extrema direita bolsonarista. Não importa. Traficante e milícia são tudo a mesma coisa. Não importa.

Ah, mas mataram só bandido ajudante do bandidão e não têm nenhum troféu para mostrar, com o nome e a cara de um chefe do tráfico. Não importa.

O plano de Cláudio Castro é parte do projeto de todo o fascismo nacional de tentar ressuscitar depois de tantas derrotas. Não importa. O povo não quer saber, a classe média muito menos. Querem matança.

Ficaremos sabendo nos próximos dias de detalhes dos horrores da matança, com coisas escabrosas da ação policial. Não vai importar muito.

Precisamos esperar que o impacto da chacina seja decantado, para quem sabe resultar em outra compreensão que não seja o apoio maciço ao que aconteceu na Penha e no Complexo do Alemão.

A opinião média será alterada com o tempo? Vai depender da persistência e do poder de convencimento da extrema direita e da capacidade de reação do governo, de Lula, das instituições e do que ainda chamam de sociedade organizada.

Pode acontecer até de o apoio popular a Cláudio Castro ser expandido e fortalecido. Se a extrema direita perceber que pode avançar, com respaldo da maioria, podem sair matando amanhã.

Matam em nome do que Castro define como “o início de um novo tempo”. Não percam duvidem de mais nada.

9 thoughts on “É isso mesmo, companheiro: a matança tem apoio popular

  1. kkkkkkkkkk O Moisés virou um COMEDIANTE. Ele acha que o Lula vai se meter nesse assunto. O SIDÔNIO mandou o Grande Líder CALAR A BOCA, não dar nenhum “piu” sobre o assunto. E o Moisés vem falar em capacidade de reação do Lula contra aquilo que 80 % da população tem como lema consolidado e definido: “BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO”. Esse slogan está na boca de 80 % dos brasileiros. E quem não gostar, aceita que dói menos. Ou pague o preço nas URNAS.

  2. O Moisés nunca pisou numa favela para saber como é o inferno. Nem ele nem o Haddad. Aí ele fica surpreso com a pesquisa, do alto do seu condomínio de classe média em Porto Alegre.

    O Moisés não teve nem coragem de fazer uma entrevista com uma moradora em situação de rua, abrindo o jornalismo para ela, imagine se ele subiria um morro. Jamais!

    O Brasil está acabado. O Capitão Nascimento da vida real, Rodrigo Pimentel, deu uma entrevista maravilhosa para a Folha hoje, dizendo que não há na América Latina um único país que possa ser comparado ao inferno que virou o Brasil. Disse ainda que o Lula ama bandido e o Lewandovski, se pudesse, abriria todas as cadeias.

    O Brasil é desgraçado e imundo.

    Deus salve o Rei Charles 1 e guarde alma de sua bondosa mãezinha, a querida e saudosa Rainha Elizabeth. O Brasil precisa se desbrasileirar e se britanizar. Acabou, o Brasil é um esgoto a céu aberto.

  3. Eu dou desconto. Infelizmente este pseudo jornalista de modesta inteligência não pode ser levado a sério. Especialmente quando usa seu batido jargão: “extrema direita”, para classificar liberais e conservadores iluministas. termo absurdamente redundo para definir um segmento que defende a liberdade individual em detrimento ao coletivismo forçado, o direito a vida e a propriedade privada – incluso o pensamento! Definindo os valores de Churchill como fascista, e o Estado gigante, centralizado e controlador de Mussolini como democrático. Para rir é divertido

  4. Moisés, o seu amigo Neri deve ter entrado em depressão profunda ou em luto patológico, afinal foram muitos os bandidos mortos e ele gosta bastante de bandidos.

    1. E ele deve estar confuso agora, pois o Doca, o chefão do CV que motivou a operação policial, foi o mandante da chacina que matou o irmão da Sâmia Bomfim, lembra?

      A turminha de “revolucionários” do Doca assassinava até crianças e sumia com moradores.

      Coitadinhos desses bandidos, Moisés. Eu estou chorando aqui. Foram 120 revolucionários mortos. É uma tragédia.

  5. Pronto, Castro, o novo candidato a maior terrorista doméstico (o genocida, seu líder e espelho cumpre prisão domiciliar), com seu poderoso apito fascista, mobilizou o aparato bélico estatal e conseguiu açular e espalhar suas bestas-feras por todo canto. Agora, até aquele frouxo que confessou aqui sua paranoia cagaço seria o correto) ao ir num plácido domingo pegar seu exemplar da Folha numa banca, como se tais locais fossem postos de distribuição de propaganda revolucionária e a compra do diário dos Frias equivalesse à de uma réplica do Manifesto Comunista, canta de galo e desafia Moisés a entrar em uma favela como se o convívio ou o contato com comunidades periféricas na vida de jornalistas de verdade não fizesse parte dessa profissão sabidamente de risco – basta ver o número de profissionais da imprensa perseguidos e assassinados em Gaza, no Brasil ou em outros países latino-americanos e do restante do globo.

    Guinho e Nandinho, duas faces da mesma criptomoeda que também exibe simultaneamente as necrófilas e assustadoras estampas de Netanyahu e de Corina, aproveitam para surfar na onda fascista – comandantes do massacre, governadores que expressaram apoio, Milei, Peña e Trump, todos muito bem acompanhados, em linguagem uníssona e, é claro, fortíssimos concorrentes ao Nobel da Paz e à canonização, já decidiram que narcotraficantes (milicianos, nem pensar, só quando se tornam ameaça e viram arquivo vivo, como era o capitão Adriano da Nóbrega) são iguais a terroristas e que para eles e todos em volta, inocentes ou não, valerá a lei da selva.

    Estudiosa e especialista em segurança pública, a antropóloga Jacqueline Muniz, que também já foi gestora dessa área ali mesmo no violento e conturbado Rio de Janeiro, fez uma ‘listinha’ preliminar com ‘apenas’ dezesseis ‘apreciações’ acerca da chacina carioca no artigo ‘O desastre de uma megaoperação no Alemão e na Penha de um governo que terceiriza seu comando’, onde desmascara um a um os frágeis argumentos (para aqueles que não se deixam levar por discursos hipócritas e falsos moralistas) do governo e dos outros (ir)responsáveis pela matança.

    Calma, fascistada, menos empolgação! A extrema direita esteve apenas no comando de uma operação ‘instagramavel’, como bem define Muniz, e o resultado disso costuma ser bastante efêmero. Castro está longe de ser um Trump, o líder fascistão do Império Decadente que o Lulinha, aquele ‘pau de arara cachaceiro, ex-presidiário e semianalfabeto’, deu um nó diplomático e político que só mesmo um grande estadista saberia dar. E tremei, porque 2026 vem aí e preparem-se para a versão 4.0 do ‘Velhinho’!

    1. O Neri Malheiros tá delirando: “o pau de arara cachaceiro, ex-presidiário e semianalfabeto” deu um nó diplomático e político no Trump ? kkkkkkkkkk Essa foi a PIADA do ano. Quando a PEDANTE, ARROGANTE, SOBERBA, Jaqueline Muniz, o que fez essa senhora em 30 anos de TEORIA e sala de aula, em termos práticos para resolver o problema da segurança pública, além de PORRA NENHUMA ? A violência só piorou exponencialmente e essa senhora continua VOMITANDO e CAGANDO regras, sem nunca ter subido um morro na vida, com sua pseudo-erudição, escrevendo sempre com um dicionário Aurélio ou Houaiss ao lado, para, no auge do seu PEDANTISMO, tentar impressionar os incautos e iludir o quanto “erudita” ela é. Sua erudição pra mim não passa de um almanaque BIOTONICO FONTOURA.

    2. Sim, aconteceram várias vezes episódios de o dono da banca tentar esconder rapidamente a Folha na sacolinha e de eu mesmo dobrá-la quando, durante a Copa de 2014, as bancas tinham filas de famílias comprando figurinhas. E já vi gente fazendo o mesmo quando eu entrava na banca, com receio de que eu fosse bolsonarista ou coisa assim.

      Um proprietário de uma outra banca (na época ainda havia algumas onde eu moro), irtitado com o fato de eu sempre pegar a Folha e a Carta Capital, surtou e começou a gritar dentro do próprio estabelecimento comercial dele para eu parar com aquilo!

      O Moisés não se lembra que a família Bolsonaro atacava a Folha diuturnamente, porque perdeu a memória, e você, Neri, esqueceu que a polarização era uma constante e que a intolerância política, sim, existiu.

      Aquilo foi um comportamento coletivo de um povo infantil, até então ignorante em política, o Brasileiro, e parece não acontecer mais, uma vez que ninguém sai mais atirando em adversários políticos ou briga porque um sujeito foi comprar a Folha. Ninguém assusta mais o Lula ao sair às ruas e o Bolsonaro parece conformado com a sentença do STF.

      As comoções agora são outras. O Congresso, majoritariamente de direita, é péssimo, mas o governo Lula 3 ou Janja também o é. E o que a esquerda tem dificuldade em compreender é que as periferias odeiam bandidos, odeiam traficantes enquanto os intelectuaizinhos de merda e os jornalistas petistas escrevem textos barrocos do alto de seus apartamentos de classe média em bons bairros, de preferência bem longe do Rio de Janeiro.

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