O pimpolho

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Fala-se do filho de Fernando Henrique Cardoso em rolos tanto quanto delata-se Aécio Neves na Lava-Jato. Mas tanto Paulo Henrique quanto Aécio são apenas falados. Nada se investiga contra eles (apesar do tranco que Rodrigo Janot deu agora no Gilmar Mendes para que finalmente se esclareça a tal lista de Furnas). Paulo Henrique (na foto) é intocável e tem sempre a defesa do pai. Esta semana, Nestor Cerveró, o delator, o apontou como “consultor” ou sócio de um negócio estranho com a Petrobras, quando o pai era presidente. E a resposta, para dizer que não há nada, que o moço nunca se meteu em negócios escusos, não foi dada por ele, mas pelo pai.

O filho protegido já foi acusado de ser laranja da Disney no Brasil. Já fez outros negócios considerados estranhos. E foi casado com uma herdeira do banco Nacional, socorrido pelo governo FH quanto já estava quebrado.

Agora, imagine se Paulo Henrique fizesse, como filho de Lula, o que dizem que fez e faz como filho de FH, sem que nada aconteça, porque filho de tucano não é investigado, ou a investigação é sempre precária.

O filho de FH apareceu na delação de Cerveró como vai aparecer, daqui a alguns meses, em outra denúncia da Lava-Jato ou fora dela. Ficará como conversa fiada de delator. Cerveró já denunciou que a compra da petrolífera argentina Perez Companc rendeu US$ 100 milhões de propina para gente do governo FH em 2002. Não deu em nada.

Filhos, parentes, afilhados, amigos e simpatizantes dos governos tucanos (como está o processo-lesma do metrô de São Paulo?) não encontram, com as exceções de sempre, quem queira investigá-los.

Enquanto isso, FH prepara a publicação do terceiro volume de mais de mil páginas dos diários do seu tempo no governo. Outros tempos, tranquilos, normais, com outros filhos, sem sítios, sem triplex e sem pedalinhos. Como são felizes as famílias tucanas.

 

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