OS FLAMENGUISTAS E A FELICIDADE

Quem não gosta de futebol (ou não entende ou percebe seu alcance como expressão de pertencimento) pode estar vendo a euforia dos flamenguistas como um exagero.
Até quem gosta e entende a força simbólica do futebol também vê um certo excesso nas comemorações.
Quem mora num Estado dominado por milicianos amigos dos Bolsonaros, governado por um sujeito de extrema direita, onde só pobres e negros morrem por ‘balas perdidas’, onde os políticos são mais perigosos do que os traficantes, onde o prefeito odeia Carnaval, só quem mora no Rio maltratado pelos fascistas e dominado pelo poder dos neopentecostais sabe o que essa alegria significa.
Os moradores do Rio podem viver plenamente essa felicidade demasiada sem dar explicações aos que acham que tudo precisa ser explicado.
Um dia essa alegria que hoje enfrentou a repressão da polícia nas ruas terá aqui a energia e a força política que tem no Chile, na Bolívia, na Colômbia, no Equador, na Argentina.

One thought on “OS FLAMENGUISTAS E A FELICIDADE

  1. A mágica operada pelo clube do Flamengo em 2019 é, na realidade, uma operação de venda de sua dívida interna no exterior, que possibilita ao mesmo, desde então, saudar essa gigantesca dívida junto ao novo credor no exterior com juros de Primeiro Mundo, na casa dos 1% a.a. Obviamente, que, para viabilizar essa incrível operação de renegociação de uma dívida praticamente impagável, a caótica organização do clube carioca precisou de um garantidor com muito força econômica, e autoridade junto aos meios financeiros, já que ninguém faria essa operação por caridade, e muito menos por “paixão”. Certamente não se deve descartar o possível envolvimento da Rede Globo e até da CBF na triangulação dessa negociação com um grande grupo financeiro europeu.
    Foi essa operação; somada a controversa decisão da Rede Globo, “dona do futebol brasileiro”, de favorecer com maiores cotas financeiras os clubes de “maior audiência”; que possibilitou ao falido futebol carioca realizar o milagre da montagem de uma verdadeira seleção de “mercenários da bola”, alguns repatriados do exterior com transações milionárias, que, ainda assim, esteve perto de colocar tudo a perder num jogo dominado por um qualificado time de futebol argentino.
    As raízes dessa operação sem dúvida devem ser identificadas na imensa operação “pão e circo” que o consórcio de interesses transnacionais, atualmente no poder no Brasil, executa com perfeição enquanto liquida direitos e garantias legais e constitucionais centenárias do povo brasileiro.
    A verdade por trás do “milagre” do super-time de futebol da Rede Globo em 2019; incluindo aí a nada desprezível possibilidade de que a operação inclua ilegalidades; só deve vir à tona daqui a alguns anos, nos moldes das saudosas “papeletas amarelas”, que apareceram somente muito tempo depois do mesmo clube enfeitar sua sala de troféus com uma dúzia de conquistas nos anos 80 marcadas por “erros” de arbitragem questionados até os dias de hoje.

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