Franjas

Os americanos ditos progressistas chegaram a sonhar com a candidatura do maluquinho Bernie Sanders. Ele finalmente seria o que Obama não conseguiu ser. Mas terão de se contentar com a Hillary Clinton.
E os britânicos têm agora uma nova Margareth Thatcher, a ultraconservadora Theresa May. Dizem que a esquerda sentirá saudade de Tony Blair, o homem das guerras, que batia continência para os Bush.
Theresa já escolheu como seu ministro das Relações Exteriores o ex-prefeito de Londres, o direitoso Boris Jonhnson (foto). Um bronco que liderou a campanha para que o Reino Unido saísse da União Europeia. E, assim como Trump, Johnson usa franja (o único cara que fica bem de franja é o esplendente Otto Guerra, que ficaria bem de topete, de peruca, de moicano).
Enfim, eu queria estar comentando alguma ação do interino aqui no Brasil. Mas não há o que comentar além da notícia de que ele vai criar uma nova loteria, destruir o SUS, privatizar a Caixa Federal e fazer tudo para picotar a Constituição de 88, entortar as leis trabalhistas e encolher o Bolsa Família – depois, é claro, de fazer uma média com os nossos pobres, com um reajuste marqueteiro de 12% nos benefícios.
Mas eu penso mesmo nos EUA e no Reino Unido. Pobres americanos. Pobres britânicos.