Fumaça impede ombudsman da Folha de ver os incendiários

Alexandra Moraes, ombudsman da Folha (foto), aborda as queimadas e suas consequência em sua coluna desse domingo. Mas não usa em nenhum momento a palavra investigação.

Da investigação policial, que continua e mostra indícios de estar chegando a grupos organizados de incendiários. E da investigação jornalística, que inexiste.

A ombudsman desqualifica as ações do governo, deprecia a ministra Marina Silva e toca em perfumarias. Mas não se dedica à tarefa prioritária de quem está na função que ocupa: questionar o jornal sobre os grandes temas da semana.

A coluna não usa uma única vez a palavra incendiários, que aparece em toda a cobertura sobre as queimadas. A ombudsman teve a visão prejudicada pela fumaça.

A jornalista virou uma comentarista de generalidades, para fugir da grande pauta, como fugiu do vazamento de informações usadas contra o ministro Alexandre de Moraes.

Nunca antes a Folha teve uma ombudsman tão moderada e cordial com a própria redação. Mudou a ombudsman ou mudou a Folha, um jornal cada vez mais próximo das pautas do conservadorismo e temeroso da extrema direita?

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