Golpe fracassou porque os generais eram frouxos
O delator Mauro Cid resumiu numa frase, que atribuiu aos homens das chamadas forças especiais do Exército, quase tudo o que disse sobre os colegas de alta patente durante o interrogatório no Supremo.
Cid repetiu essa frase-síntese das queixas nas confrarias dos kids pretos: “Militar é um bando de frouxo”. Enquanto se dedicavam a elocubrações sobre o golpe, os militares das forças especiais – que teriam a missão de matar Lula, Alckmin e Moraes – lamentavam a inércia das chefias.
Os relatos de Cid sobre o comportamento dos colegas levaram à conclusão de que os generais eram uns frouxos. Como foram frouxos os próprios kids ao recuarem da tarefa a eles atribuída, como soldados de elite, de consumar os assassinatos do plano do Punhal Verde Amarelo.
Talvez se salvassem da frouxidão, mas não foram citados por Cid, o soldado e o cabo que, segundo Eduardo Bolsonaro, poderiam fechar o Supremo. O balanço geral do dedo-duro é implacável com as chefias.
Cid foi, diante de Moraes e Paulo Gonet, um coronel falando como um soldadinho. Provocado pelo ministro a enquadrar seis réus ali presentes, colocando-os nos grupos que ele mesmo dizia serem de conservadores, moderados e radicais, fez um resumo surpreendente. Porque não se lembrava de como havia enquadrado cada um.
Os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto seriam moderados. Alexandre Ramagem, Anderson Torres e Augusto Heleno não seriam enquadrados por ele em nenhuma classificação. E Almir Garnier seria o único radical.
Sobrou radicalidade só para o almirante ex-chefe da Marinha, já dedurado como uma das vozes mais fortes do golpismo, o único dos comandantes das três armas a ficar com Bolsonaro até o fim.
O grupo dos radicais teria, no núcleo crucial, apenas um integrante. O núcleo duro do golpe era formado por oficiais medrosos. Freire Gomes não seria, na definição de Braga Netto, o único cagão entre os líderes militares. Todos eram frouxos ou meio cagões, com exceção de Garnier.
Não seriam covardes, sob o ponto de vista dos kids, mas não estão no primeiro grupo de réus interrogados, os generais Mario Fernandes e Theophilo Gaspar de Oliveira. Ambos foram citados por Cid como militares representantes das alas radicais das Forças Armadas.
Outros já foram apontados coimo golpistas impositivos nos 12 depoimentos que deu à Polícia Federal. Mas todos, no desfecho da tentativa de golpe, foram expostos como frouxos ou, segundo outra definição de Cid, apenas ”bravateiros”.
O que já se sabia e Cid reafirmou é que, enquanto grileiros, traficantes e garimpeiros tomavam conta da Amazônia, oficiais das forças especiais do Exército participavam do que Moraes definiu como “conversas recreativas” sobre o golpismo.
E chamavam os comandos de frouxos, sempre à espera de uma manifestação mais incisiva dos militares em apoio aos acampados, do aumento da pressão para que Bolsonaro assinasse a minuta do golpe e de ações que disseminassem o caos e ajudassem a derrubar Lula.
Cid explicou por que dividia os grupos de militares em conservadores, moderados e radicais: “Era coisa da minha cabeça”. Porque, teve que explicar, eles não eram organizados nessas três classificações.
O que Cid não disse, nem precisava dizer, é que havia acima de todos um grande grupo, talvez o único que nunca irá desencadear controvérsias. Era o imenso, o monumental, o fantástico grupo dos frouxos.
O grupo que incluía Braga Netto e Bolsonaro. O grupão dos que planejaram um golpe, fugiram e entregaram a tarefa aos 5 mil manés invasores de Brasília.
Jura que o Fernando Taxxad tá acreditando que a Câmara dos Deputados vai aprovar a taxação de 5 % sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Essa foi a PIADA do ano. De ilusão também se vive, né Taxxad ? Até o Huguinho, do alto da sua irrelevancia, já declarou que os deputados não têm compromisso NENHUM com o que foi discutido naquele picnic de domingo. Fernando Taxxad é sério candidato a substituir o Léo Lins nos próximos shows de Stand UP Comedy. O cara é engraçado demais. Um humorista nato.
Luiz Fux, que ao lado de Flavio Dino é o único magistrado de carreira nesta composição do Supremo Tribunal Federal, está DEMOLINDO, como uma retroescavadeira, toda essa narrativa TOSCa e juvenil de trama golpista, apontando uma por uma as nulidades processuais insanáveis e as contradições ABSURDAS e mentiras produzidas desde a fase do inquérito. Só um juiz de carreira tem a sensibilidade, o feeling, o traquejo para identificar e demolir nulidades processuais flagrantes. O castelo de cartas está desmoronando, esse processo é uma FARSA histórica. Como eu já escrevi aqui, assim como no processo contra Sergio Moro, primeiro vem o script pronto, a narrativa, depois é que vem a busca desesperada por PROVAS, que não existem, até surgir um respeitável e culto magistrado de carreira – o DESEMBARGADOR CARRASCO Falavinha -, para num voto DEMOLIDOR, botar abaixo o castelo de cartas montados como narrativa fantasiosa. Ainda há juízes em Berlin e um deles é LUIZ FUX, um magistrado de VERDADE, com uma carreira BRILHANTE, embora tenha pisado feio na bola no voto do art.19 do Marco Civil da Internet, concedendo PODERes JURISDICIONAIS a 150 milhões de brasileiros maiores de 18 anos de idade, que passarão a MANDAR as Big Techs retirar conteúdos do ar, sem ordem judicial, na mais completa subversão dos poderes EXCLUSIVOS e inalienáveis da Magistratura no Brasil. É a implantação do Estado POLICIAL no Brasil,
com 150 milhões de CENSORES caguetando uns aos OUTROS, de acordo com seus interesses. Pergunta final: onde, mas onde existe alguma inconstitucionalidade no art. 19 do Marco Civil ? Onde? Esse é o artigo mais conforme à Constituição que eu já vi na minha vida ! Mas o moribundo Lula quer CENSURA nem que seja a forceps. Ele não quer ir para o cemitério sem antes realizar o maior sonho de sua vida: a CENSURA ! Não passarão !
Acho gozado o Moisés falar em “militares frouxos”, como se eles tivessem a obrigação de darem um golpe para mostrar valentia e coragem.
Para o Moisés, um general valente tem de “ser macho” e ir adiante em seus planos golpistas, caso contrário é indigno de levar estrelas no peito.
Ao desclassificá-los, chamando-os de frouxo, o Moisés deixa claro que admira militares que dão golpes, ainda que seja um golpe pela direita.
O Moisés ainda deixa implícito que militares de esquerda são os que não dão para trás no caso de um plano para golpe.
O golpe não foi pra rua porque bolsonaro amarelou. A ideia era os militares deixarem os quartéis com o povão levando o bolsonaro nos ombros rampa acima.