GUERRA À PANDEMIA GANHA DINHEIRO DESEJADO POR DALLAGNOL

Os planos de emergência contra a pandemia terão R$ 1,6 bilhão do chamado Fundo Petrobras. É decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.

Poucos prestaram atenção no fato de que o dinheiro é daquela reserva de R$ 2,6 bilhões com recursos da Petrobras, que originalmente Deltan Dallagnol pretendia destinar a uma fundação “para o combate à corrupção”.

A fortuna resultou de um acordo, em 2018, entre a Petrobras e as autoridades americanas, como multa à estatal por ter desrespeitado regras do mercado dos EUA e causado prejuízos a investidores.

Dallagnol participou das negociações e teve a ideia: o dinheiro ficaria no Brasil com a fundação que ele iria criar com outros lavajatistas.

A chefe de Dallagnol, Raquel Dodge, demorou a reagir, mas barrou a manobra, e depois o mesmo Alexandre de Moraes determinou que o procurador tirasse as mãos do dinheiro.

Os R$ 2,6 bilhões estavam na Caixa Federal, à espera de determinações de Dallagnol, e foram então transferidos para o Tesouro para serem aplicados em educação e saúde.

Espera-se agora que a parte destinada à guerra ao coronavírus seja bem usada.

Para quem perguntar o que aconteceu com Deltan Dallagnol, ao ser flagrado tentando arranjar um destino quase secreto (publicamente, ninguém sabia de nada) para o dinheiro de uma estatal, a resposta é essa: nada.

Ele nunca foi punido. No final do ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público foi acionado por iniciativa dos deputados Paulo Pimenta, Rui Falcão, Natália Bonavides e Paulo Teixeira, todos do PT.

Logo depois, o conselho arquivou essa e mais cinco acusações contra o patrono da fundação que não deu certo.

Até hoje nada se sabe sobre como o procurador pretendia usar o dinheiro.

O fundo idealizado por Dallagnol é um mistério. Em que áreas iria atuar, como seria gerido, por quem? Qual seria a função de Dallagnol na fundação? Por que tanto dinheiro?

A ex-chefe de Dallagnol no MP nunca tratou abertamente do assunto, que virou questão de consumo interno. Nem seu chefe na Lava-Jato, o ex-juiz Sergio Moro, falou da fundação.

A fracassada entidade bilionária de Dallagnol era uma confraria de procuradores (e quem mais?) que nasceu e morreu secreta.

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