Jornalões descobrem, finalmente, as podridões da Justiça
Os jornalões descobriram só agora que a venda de sentenças em primeira e segunda instância se alastrou pelo país.
Está é a manchete do Estadão:
“Mercado de ações é assustador, diz Polícia Federal sobre ‘pacotes de corrupção’ no Tribunal de Justiça do Tocantins”
Logo abaixo, o jornal informa: seis tribunais, 16 desembargadores e 7 juízes afastados: o esquema de venda de sentenças.
E aí pergunto eu, perguntamos nós: as investigações chegarão aos Estados do Sul?
O Conselho Nacional de Justiça também leva em conta, nas suas investigações, os indícios de que algo está muito errado em Estados nos quais o poder político e econômico local, geralmente ligado ao bolsonarismo, vence quase todas as ações em primeira e segunda instância?
O CNJ acha que isso é normal? É normal a caçada de poderosos de extrema direita a jornalistas, se eles vencem sempre?
Por que perdem fora de seus Estados e ganham as ações onde moram? É por acaso? É como se estivessem apostando numa dessas bets com cartas marcadas?
Vencem sempre em seus redutos porque têm sorte? Têm uma sorte infalível? Desfrutam da sorte dos poderoso? Sorte não é um assunto que interessa ao CNJ?
O CNJ vai chegar aos pântanos do Sul ou ficará só nos Estados em que o poder político e econômico ainda é apenas paroquial?