Justiça
Estão absolvidos em segunda instância 11 condenados em primeira instância pela Justiça Federal de Santa Maria pelas fraudes no Detran do Rio Grande do Sul. Todos absolvidos.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu que, 12 anos depois, as fraudes de mais de R$ 40 milhões (em valores da época) não têm culpados graúdos. Só miúdos, alguns já condenados.
Os 11 absolvidos eram citados como chefes do esquema montado durante o governo tucano de Yeda Crusius e haviam sido condenados em 2014 em primeira instância.
O interessante é que a notícia da absolvição acontece dois dias depois da negativa do próprio TRF4 para que Lula fosse ao velório do irmão.
O TRF4 é o mesmo que condenou Lula por unanimidade e ainda aumentou sua pena em relação à sentença do juiz Sergio Moro no caso do tríplex. Que refugou todos os recursos e que impediu depois a concessão de habeas corpus a Lula.
O relator do recurso que acabou absolvendo os 11 réus do Detran é Leandro Paulsen, o desembargador que negou o pedido a Lula na quarta-feira.
Paulsen foi também o relator do processo do tríplex, que passou a jato pelo Tribunal.
A pergunta está viva e esperneia, 12 anos depois: quem, no entendimento da Justiça, comandou as fraudes no Detran?
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A lista de absolvidos e condenados, publicada por Zero Hora:
Absolvidos
- Dario Trevisan de Almeida (era funcionário da UFSM)
- Denise Nachtigall Luz (consultora jurídica)
- Eduardo Wegner Vargas (era sócio da IGPL)
- Hélvio Debus Oliveira Souza (ex-contador da Fundae)
- João Luiz Vargas (ex-presidente do TCE e ex-deputado estadual)
- Luiz Paulo Rozek Germano (prestador de serviços do escritório de advocacia)
- Marco Aurélio da Rosa Trevizani (era contador de Lair Ferst)
- Patrícia Jonara Bado dos Santos (ex-administradora da NT Pereira)
- Paulo Jorge Sarkis (ex-reitor da UFSM)
- Rosana Cristina Ferst (integrou uma das empresas que fraudou a licitação)
- Rosmari Greff Ávila da Silveira (então integrante da Fatec)
Penas reduzidas
- Flávio Roberto Luiz Vaz Netto (ex-presidente do Detran)
- Luiz Carlos de Pellegreini (ex-presidente da Fatec)
- Silvestre Selhorst (então secretário-executivo da Fatec)
Continuam condenados
- Alfredo Pinto Telles (representava a Newmark Tecnologia da Informação)
- Carlos Dahlem da Rosa (era dono de escritório de advocacia contratado)
- Ferdinando Francisco Fernandes (então integrante da Pensant)
- Fernando Fernandes (então integrante da Pensant)
- José Antônio Fernandes (então dono da Pensant)