MAIS JORNALISMO E MENOS ADJETIVO

A Folha publicou um editorial panfletário contra Bolsonaro em que fala de “estupidez assassina” e “círculo de patifes” e chama Eduardo Pazuello de “fantoche apalermado”.

O que a Folha deve fazer é mais jornalismo e menos editoriais com linguagem de grêmio estudantil.

A Folha tem que ir à luta para mostrar o aparelhamento do Estado pela família. Mais substantivos e menos adjetivos.

O editorial está aí, na íntegra.

“Vacinação já
Passou de todos os limites a estupidez assassina do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus. É hora de deixar de lado a irresponsabilidade delinquente, de ao menos fingir capacidade e maturidade para liderar a nação de 212 milhões de habitantes num momento dramático da sua trajetória coletiva.
Chega de molecagens com a vacina! Mais de 180 mil pessoas morreram de Covid-19 no Brasil pela contagem dos estados, subestimada.
A epidemia voltou a sair do controle, a pressionar os serviços de saúde e a enlutar cada vez mais famílias. Trabalhadores e consumidores doentes ou temerosos de contrair o mal com razão se recolhem, o que deprime a atividade econômica. Cego por sua ambição política e com olhos apenas em 2022, Bolsonaro não percebe que o ciclo vicioso da economia prejudica inclusive seus próprios planos eleitorais.
O presidente da República, sabotador de primeira hora das medidas sanitárias exigidas e principal responsável por esse conjunto de desgraças, foi além. Sua cruzada irresponsável contra o governador João Doria esbulhou a confiança dos brasileiros na vacina. Nunca tão poucos se dispuseram a tomar o imunizante, segundo o Datafolha.
Com a ajuda do fantoche apalermado posto no Ministério da Saúde, Bolsonaro produziu curto-circuito numa máquina acostumada a planejar e executar algumas das maiores campanhas de vacinação do planeta.
Como se fosse pouco, abarrotou a diretoria da Anvisa com serviçais do obscurantismo e destroçou a credibilidade do órgão técnico. Abandonada pelo governo federal, a população brasileira assiste aflita ao início da imunização em nações cujos líderes se comportam à altura do desafio.
Não faltarão meios jurídicos e políticos de obrigar Bolsonaro e seu círculo de patifes a adquirir, produzir e distribuir a máxima quantidade de vacinas eficazes no menor lapso temporal.
O caminho da coerção, no entanto, é mais acidentado e longo que o da cooperação entre as autoridades federais, estaduais e municipais. Perder tempo, neste caso, é desperdiçar vidas brasileiras, o bem mais precioso da comunidade nacional.
Basta de descaso homicida! Quase nada mais importa do que vacinas já — e para todos os cidadãos”.

2 thoughts on “MAIS JORNALISMO E MENOS ADJETIVO

  1. Realmente, já li textos melhores em panfletos do PCO. Folha, Estadão e seus congêneres pelo Brasil já há muito se transformaram em contra-exemplos de jornalismo livre, se é q algum dia isso existiu, o que coloca novamente em questão uma clara contradição entre os currículos e as práticas DAs faculdades para a formação d@s estudantes na área e a “necessária formatação” ao ambiente de trabalho, que certamente cerceie LIBERDADES de ação e de opinião d@s nov@s jornalistas.

  2. NAo entendo o Uol e a Band.
    O Datena, se esquiva para criticar o Messias.
    Nosso Onix é figura FREQUENTE em seus programas.
    Sera q verbas de publicidade ajudam nessa “amizade sem criticas”????

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