Mais um Fuleco

O recolhimento da direita mais barulhenta tira a possibilidade de um embate de forças nas ruas pós-golpe. A turma da Fiesp e do Moinhos se encaramujou, desorientada pela ação da quadrilha que tomou o poder. É compreensível, depois da frustração com o que sobrou da adoração ao pato da Avenida Paulista.

Antes do golpe, as ruas reuniam os que desejavam a queda do governo e, do outro lado, os que tentavam impedir a ascensão da turma de Michel Temer – e não necessariamente da preservação de Dilma Rousseff.

Hoje, só um grupo tem capacidade de mobilização. Ninguém se arrisca a se mobilizar para defender a gangue que Rodrigo Janot pretende ver na cadeia.

No início da madrugada de sábado teremos os comentários de sempre sobre as concentrações desta sexta: teve bastante gente, teve gente suficiente, poderia ter tido mais, ou será preciso reunir mais do que isso para derrubar o chalaça. Aguardemos.

O ruim é que não há perspectiva de um duelo, diante da timidez dos golpistas. Este golpezinho produziu algo inédito na história dos golpes. Os que sustentaram a manobra nas ruas já não sabem mais, dois meses depois, a quem apoiar.

O pato da Fiesp, transformado em objeto de adoração (como se vê na foto acima), é um totem abandonado como o Fuleco da Copa.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


7 + 5 =