Moral e cívica

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Ficou chato o debate sobre o projeto de lei que propõe a proibição da “doutrinação política nas escolas”.

Mas peço que leiam esse trecho de um texto que só é interessante por causa da sua origem:

“O projeto consubstancia o lobby de um grupo que se intitula “Escola Sem Partido”, cujo objetivo oficial – “sem qualquer espécie de vinculação política, ideológica ou partidária”, como diz seu site na internet – é denunciar a propagação de ideologias em sala de aula. Na prática, porém, a maioria absoluta dos casos divulgados pelo grupo diz respeito apenas a professores e intelectuais de esquerda, donde se pode presumir, sem muita dificuldade, que o movimento não faria muito caso – ou talvez nem existisse – se a doutrinação ideológica em sala de aula se prestasse a disseminar ideias conservadoras”.

O texto não foi escrito por ninguém alinhado à esquerda, como pode parecer. É do editorial de hoje do Estadão. Recebi de manhã cedo do meu amigo Leandro Fontoura, que acordou espantado.

O Leandro é capaz até de ler os editoriais do Estadão. Fez bem, porque um jornal ultraconservador acabou com a conversa: a preocupação com a “política” nas escolas é uma obsessão da direita. E o jornal mais reacionário do Brasil acaba admitindo.

Pronto. A partir desse editorial não leio mais nada sobre o assunto.

E decidi que vou voltar a estudar Moral e Cívica.

 

 

 

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