Não há Paris para todos
Muitas rotas de fuga estarão fechadas no segundo turno. Não há como ser neutro em São Paulo e em outras capitais ou tentar se esconder em Paris, Sorocaba ou Alegrete. Eis a realidade condensada diante de convictos e vacilantes em relação ao desfecho das eleições em 27 de outubro:
1. Bolsonaro é a figura que fica diante do maior dilema pós-primeiro turno. Esnobou Ricardo Nunes desde o começo. Depois, quando o Datafolha colocou o prefeito em melhor posição em setembro, correu, meio frouxo, para o lado do esnobado. Quando as pesquisas mostraram que Marçal havia reagido, a partir da base bolsonarista, saltou fora do apoio a Nunes mais uma vez. Sempre disse que Nunes não era o seu preferido. Viu sua base raiz correr em direção a Marçal e agora terá de fazer o que Tarcísio de Freitas pediu e ele desconsiderou, na reta final do primeiro turno: que investisse no candidato do velho MDB para manter um certo controle em São Paulo, sabendo que Nunes é muito mais da antiga direita do que do bolsonarismo. O Bolsonaro que se vê obrigado a se agarrar a Nunes sai avariado da eleição, principalmente com o vexame de Ramagem no Rio.
2. Lula não foi escondido pelas esquerdas na campanha pela TV e pelas redes sociais, mas se manteve numa distância analógica da eleição e do cenário mais importante, o de São Paulo. Não foi participativo ao lado de Boulos. Mas agora terá de correr riscos e se engajar à luta. Pode ficar marcado como derrotado, principalmente se Bolsonaro se envolver na disputa? Ou paga pra ver como pode ajudar ou será cobrado, com Boulos vencedor ou perdedor.
3. Fora do campo da luta política, mas por essa contaminado, a Procuradoria-Geral da República de Paulo Gonet terá de sair da hibernação e preparar o roteiro pós-eleição, para abrir o período de denúncias contra Bolsonaro e seu entorno. O Judiciário entra em recesso em 20 de dezembro, e aí para tudo, inclusive no MP, e só volta em 6 de janeiro, cinco dias depois da posse dos eleitos. O procurador calibrou o tempo do MP com o tempo da política até aqui, mas agora não tem mais como adiar o que precisa ser feito. Nunca existirá Paris para Gonet.
4. Alexandre de Moraes, que nunca pensou em Paris, aguentou a carga dos inquéritos que carrega nas costas, alguns há cinco anos, principalmente aquele que começa com as fake news e tem tudo dentro, de civis a gente com farda e com pijama. O tempo para Moraes se esgota esse ano, porque 2025 já terá o início da guerra para 2026. Toda a delinquência qualificada do fascismo está em algum inquérito conduzido por Moraes, que enfrenta uma pergunta como constrangimento: quem mais será alcançado além dos manés de 8 de janeiro?
5. O povo, esse ente coletivo cada vez mais gasoso e indecifrável pela ciência política, não tem como ir para a Paris do Ciro Gomes. Mas se protege do jeito que dá nos seus biombos. O maior biombo numa eleição é o que acolhe os que se abstêm, somados aos que votam em branco ou anulam ou voto. De cada cem eleitores, 25 em média vão para essa Paris do distanciamento e das ausências, pelos mais variados motivos, mas a maioria se esconde mesmo por gesto deliberado contra a imposição do voto. Esse povo da negação se juntou ao povo do desalento, correu para a extrema direita a partir de 2018, ensaiou a reinvenção do bolsonarismo com Marçal, mas o que fez mesmo foi fortalecer a velha direita nessa eleição. Esse povo é cada vez menos das esquerdas, na maioria das cidades, das grandes aos vilarejos. E não há fuga para as esquerdas que já não entendem o povo.
(Depois da conclusão desse texto, ficamos sabendo que Tabata Amaral abriu o voto para Boulos no segundo turno.)
Tabata Amaral, que o HUMORISTA e COMEDIANTE Reinaldo Azevedo disse que é a nova estrela da centro-direita kkkkkkkkkkkkkkk Essa foi a PIADA da década ! A campanha do Ricardo Nunes terá como protagonista o TARCÍSIO. o Bolsonaro será figura secundária. A chance de BOULES ser eleito prefeito de São Paulo, segundo o DATA POVO, é de 0,1 %. Pablo Marçal teve 28 % dos votos, que OBVIAMENTE irão todos para o NUNES. De resto, LULA e o PT levaram uma SURRA ELEITORAL homérica. Até em Belford Roxo, Cabo Frio e Araraquara, os candidatos lulistas foram ASFALTADOS. Em OSASCO, o presidente estadual do PT, Deputado Emídio de Souza, que já foi prefeito duas vezes, tomou uma SURRA de 75 % a 15 % do candidato da direita, Gerson PESSOA. o PT também foi SURRADO e ESPANCADO em São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul, Guarulhos, Campinas, Santos, etc, etc, etc. Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, o PT elegeu TRÊS prefeitos kkkkkkkkkkk TRÊS ! E está no segundo turno em dois (Diadema e Mauá). Resumo da ópera: o PT, assim como o PSDB, é um partido em EXTINÇÃO ! Repouse em paz, Partido dos Trabalhadores.
Restou ao MORIBUNDO Partido dos Trabalhadores pegar carona No bonde da vitória de Eduardo Paes no Rio de Janeiro, conquista esta cuja influência do lulismo foi ZERO, absolutamente ZERO. Eduardo Paes nunca teve adversário nenhum nesta, nem tampouco em suas outras três eleições. A política no Rio de Janeiro, desde Sergio Cabral, mergulhou num LAMAÇAL tamanho, que só este espertalhão carioca teve a inteligência , o talento e o oportunismo de se tornar a única alternativa desta cidade em escombros, completamente dominada pela violência, seja de traficantes, seja de milicianos, seja de bandidinhos pés-de-chinelo. Viver na Ucrânia hoje é DEZ vezes mais seguro do que morar no Rio de Janeiro. Eduardo Paes já mostrou na Marquês de Sapucaí que é aquele velho e autêntico malandro carioca, No bom e folclórico sentido da palavra. Será eleito governador em 2026 por absoluta falta de adversários.
Buenas, só passando pra parabenizar @s moradores Da outrora Porto dos casais pela reeleição de Melo, que, com mais um mandato, realizará o sonho de devolver ao povo da cidade a vista ampla do Guaíba, botando abaixo o muro da Mauá. Congratulações.
Complementando o comentário do André: a rbs corrói e destrói o RS por dentro há uns 60 anos.
Delenda rbs!
Complementando o meu comentário (não há como fazer edições).
Como dizia Brizola, se a rbs é a favor sou contra, se a rbs é contra, sou a favor.