O BACANA E O SABOTADOR

Os tucanos escolhem hoje entre líderes de duas facções bem distintas do partido o candidato para 2022.

De um lado, o novo tucanismo bacana de João Doria, que traiu e afugentou do ninho muitas aves das antigas, mas conseguiu um feito histórico: produziu a vacina que Bolsonaro se negava a aceitar.

Do outro lado, o tucano da renovação pela direita da direita do PSDB, o sujeito que fracassou no cumprimento de uma ordem dada por um general.

Eduardo Leite tem no currículo duas marcas devastadoras. A primeira, como eleitor e apoiador de Bolsonaro em 2018.

A segunda como mandalete do general Luiz Eduardo Ramos, que o encarregou em janeiro de fazer com que Doria desistisse do início da vacinação com a CoronaVac.

Sim, Doria também apoiou Bolsonaro e chegou a usar o nome BolsoDoria para se eleger governador. Mas se transformou mais tarde em seu inimigo, talvez o maior depois de Lula.

Pois essas são as alternativas à disposição dos tucanos. Hoje, o PSDB pode escolher como candidato um governador que tentou sabotar a vacinação, num momento em que morriam mais de 900 brasileiros de Covid por dia.

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