O BEM CONTRA O MAL
Déspotas apostam na simplificação das suas falas, para que assim suas mentiras sejam facilmente assimiladas pelos que que desejam segui-las.
Não importa o que é verdade, mas que seus seguidores se contentem com o que desejam ouvir, como faz Bolsonaro agora com a ideia de que é o bem contra o mal.
É o tema de meu artigo quinzenal no jornal Extra Classe, com link logo abaixo:
https://www.extraclasse.org.br/opiniao/colunistas/2022/03/o-bem-contra-o-mal/
É incrível como boa parte da população gosta de ser enganada. Realmente conversando com algumas pessoas se pércebe que eles não tem o mínimo de discernimento para decidir o que é melhor para eles, quanto mais quanto escolher alguém que os lidere (ou mande). Este movimento da extrema direita mundial tem sucesso exatamente pela dificuldade das pessoas em entender que uma verdade ruim é muito melhor que uma mentira boa. E é exatamente isto o que fazem, espalham mentiras boas, normalmente carregadas de acusação contra oponentes e se mostram como os únicos capazes de mudar uma “realidade” mentirosa que alegam existir. O uso deste dualismo funcionou muito bem na idade média com a separação entre igreja e oponentes da igreja. No caso a igreja era o bem, então ou se é amigo do bem ou se é inimigo e no caso os inimigos era,m queimados em praças públicas. pelo menos neste nível de barbárie ainda não chegamos, embora as promessas da campanha de 2018 de matar os vermelhos na ponta da praia. mas como parece que boa parte da população não consegue entender isto, não é de se espantar que num segundo mandato ele realmente consiga amordaçar o judiciário – poderá indicar vários ministros amigos – através do aparelhamento com os afins e poderá então cumprir sua promessa de exterminar os “vermelhos” do Brasil sem nenhum tipo de contestação por parte de outros poderes. É assustador só de pensar nesta possibilidade de um segundo mandato dele, teremos que alterar o slogan da ditadura, “Brasil, se ame, deixe-o”