O caixa 2 de cada um

Estão certos o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o procurador-geral Rodrigo Janot. O caixa dois de uns mirréis, da doação a um deputado de um partido que nem no poder está (considerando-se também Estados e municípios), não pode ser confundido com os R$ 23 milhões da doação da Odebrecht a José Serra, depositados na Suíça.

Ah, mas os dois poderiam ter sido corrompidos. Poderiam, e aí que se apresentem indícios e provas (não só as convicções). Não é razoável que o caixa 2 de um e de outro sejam considerados a mesma coisa.

Se devem ser punidos, que sejam, mas bem enquadrados nas peculiaridades de cada caso. Dirão que será difícil fazer essa separação e que a corrupção não se caracteriza apenas por valores. Para isso existe Polícia, Ministério Público e Justiça (Janot tentou fazer essa separação, com todos os riscos implicados, na lista enviada ao Supremo).

Difícil mesmo será aguentar mais anos e anos de impunidade dos tucanos, com a desculpa de que os milhões de Aécio e Serra são a mesma coisa que R$ 500 que alguém destinou sem recebido a um deputado.

Só o que não pode é os tucanos graúdos tentarem pegar carona na desculpa de que suas doações por fora não são propina.

 

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