O CERCADO DA HUMILHAÇÃO

Vem aí uma segunda-feira para testar a capacidade do jornalismo de resistir às agressões de Bolsonaro.
Os repórteres vão se posicionar mais uma vez dentro do cercadinho, na saída do Alvorada, para ouvir as bobagens que Bolsonaro repete todos os dias?
Vão aceitar que o contato com os jornalistas seja dividido com a claque de torcedores do bolsonarismo, que se reúne ao lado para aplaudir Bolsonaro e vaiar os repórteres?
Vão tolerar, sem nenhuma resposta ali mesmo, na hora, os ataques de Bolsonaro, que agride mães e pais dos jornalistas e enfrenta depois apenas as notas de repúdio das entidades da categoria?
Esse não é um assunto de interesse apenas dos jornalistas, mas de toda a população. O encontro com os jornalistas deveria ser para o esclarecimento de atos e posições do presidente. É um circo.
Bolsonaro vai continuar dizendo o que bem entende, num cenário armado com a cumplicidade das empresas de comunicação, que expõem seus profissionais à humilhação pública todos os dias?
Na ditadura, algumas empresas não eram tão covardes.

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