O consolo do voto nulo

O voto nulo pode ter mil e uma motivações, nas mais variadas circunstâncias. É um gesto forte, radical, doloroso, e merece respeito.

Mas fica difícil sustentar que o voto nulo é uma atitude pela democracia contra dois candidatos iguais no segundo turno em Porto Alegre.

Sebastião Melo e Juliana Brizola não são iguais ao homem que anda e a seu vice (quem é seu vice?).

O homem que anda é a expressão da direita dissimulada, que se alinha aos ‘reformistas’ da PEC 241 em Brasília e vende um discurso fofinho em Porto Alegre.

O homem que anda é parte do projeto tucano de engambelar o PMDB, com o golpe dentro do golpe, e se apoderar do país e dos seus sonhos pelas próximas décadas.

Não é brincadeira. A direita dissimulada e de fala mansa, com o reforço da extrema direita paulista que veio para aterrorizar o segundo turno em Porto Alegre, pode enganar os desiludidos com as esquerdas e precariamente informados sobre a tática do PSDB.

Mas não pode hipnotizar a classe média com o consolo do voto de protesto.

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