O DESTINO DE ABRAHAM WEINTRAUB

O ex-ministro analfabeto da Educação deve considerar a hipótese de que talvez não venha a se esparramar nas praças de Washington a admirar enternecido os esquilos saltitando à sua volta.

Dificilmente o Banco Mundial serpa o seu destino, apesar do demitido já ter anunciado aos amigos que pretende cuidar do futuro da família e escapar da cadeia e dos inimigos.

Os inimigos mais implacáveis talvez não sejam os petistas, nem os comunistas, os professores que ele prometeu exterminar e tampouco os ministros que ele chamou de vagabundos do Supremo.

Todos querem ver Weintraub prestando contas à democracia e à Justiça. Mas os piores inimigos dele podem ser sua própria fama e a turma que desfrutou de seus serviços sujos até agora e pode descartá-lo.

É muito provável que Weintraub não chegue nem perto da porta de entrada do Banco Mundial, se começar a se alastrar pelo mundo, como já está acontecendo, a campanha liderada pelo diplomata e ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero.

Ricupero lidera um abaixo-assinado entre nomes de destaque das relações internacionais e ligados a organismos multilaterais – como é o caso do Banco Mundial – para que se oponham à indicação do sujeito que agride a diversidade, a universidade pública, a China, o Judiciário, o bom senso, as liberdades.

Um indivíduo que rejeita o diferente e todas as formas das conexões humanas da globalização se candidata a trabalhar num organismo que, mesmo sendo controverso, tenta se dedicar à compreensão e ao atendimento de demandas de carências e desigualdades mundiais.

Segundo Rodrigo Maia, Weintraub ajudou a quebrar o Banco Votorantim, onde foi, acreditem, economista-chefe. Estava tentando quebrar as universidades. E pode se dedicar agora a quebrar a reputação do Banco Mundial, em nome do bolsonarismo.

Na quinta-feira da sua despedida, com direito a vídeo, o sujeito percebeu que Bolsonaro não lhe prometeu nada. Não o elogiou, não agradeceu por sua performance como extremista da direita, não fez nenhuma referência à sua figura. Não disse nada.

Bolsonaro se desfez de Weintraub. É provável que, se a tentativa de asilá-lo no Banco Mundial não der certo, o ex-ministro analfabeto esteja a caminho do desprezo total.

Será mais um expelido do governo e da companhia política e afetiva da família, junto com seis generais, Gustavo Benianno, Sergio Moro, Vélez Rodriguez, Joice Hasselmann, Kim Kataguiri, Janaína Paschoal, Alexandre Frota.

Em um ano, Bolsonaro arranjou mais inimigos entre aliados e amigos do que entre adversários. Weintraub se candidata a ser mais um deles.

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Abraham Weintraub já está em Miami. Sob a proteção de quem?

4 thoughts on “O DESTINO DE ABRAHAM WEINTRAUB

  1. Pela celeridade do processo que está rolando contra ele no STF, O pior ainda está por vir. E quando chegar, seu nome pode entrar para a lista de foragidos e procurados da interpol. Resta saber se algum país vai querer dar asilo a um tipo como ele.

  2. RUBEN RICUPERO NAO TEM MORAL PARA FAZER COMENTÁRIOS OU RESSALVAS SOBRE A ACOES DE QUEM QYER QUE SEJA , MESMO DESTE CANALHA WEINTRAUB .

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