O fim de Michel Temer

O Brasil tem um presidente que deixou de ser notado. Mesmo que se leve em conta o ambiente de consternação, em que não havia espaço para mais nada, foi premonitória a reação de total indiferença à presença-ausência do homem do Jaburu em Chapecó.
As pessoas que foram ao funeral o ignoraram. Não foi vaiado, não foi aplaudido, não foi nem citado. Não foi percebido. Até o presidente da Fifa falou em homenagem aos mortos. O presidente da República não disse nada. Nada.
Acovardado, encolhido, escondido pelas câmeras da TV Globo, foi como se não estivesse ali num evento que comovia o mundo. Ninguém do cerimonial fez referência ao seu nome.
Michel Temer é uma excrescência criada pelo golpe. O Brasil tem um presidente insignificante e invisível.
Abandonado pelos parceiros, desprezado pelos empresários e pelos amigos da imprensa, Temer é uma figura solitária, sem base política, sem lastro popular, sem voto, sem cúmplices importantes, sem nada.
Os que inventaram Michel Temer como um dos personagens mais patéticos da República deveriam pedir desculpas ao país. Temer é uma aberração política. Não representa mais nem os golpistas que o sustentavam.
O velório coletivo de Chapecó pode ter marcado o fim de um governo que jamais deveria ter começado.

One thought on “O fim de Michel Temer

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


9 + 9 =