O golpe

Bolsonaro determinou que a “revolução”, como disse o general Otávio Rego Barros, o porta-voz da presidência, tenha as “comemorações devidas” pelos militares no dia 31.
Bolsonaro chama o 31 de março de “revolução”. O general também. Durante muito tempo os jornais seguiam essa definição. Até que um dia, mais de duas décadas depois de 64, passaram a chamar de golpe.
E hoje, quando Bolsonaro e o porta-voz fizeram questão de dizer que vão comemorar a “revolução”, os grandes jornais do país chamaram a “revolução” de golpe.
Não há nada de excepcional nisso, mas é bom que se registre, porque estamos sob um governo tutelado pelos militares. Os jornais poderiam ter usado o seguinte truque:
Bolsonaro determina que militares comemorem o 31 de março.
Pronto, que comemorem a data, e sairiam da armadilha de ter de dizer que foi golpe.
Mas disseram, todos quase ao mesmo tempo em suas capas online, e aí estão as chamadas. É bom que tenha sido assim.
Golpe é golpe. Como foi também, com disfarces, em agosto de 2016.
(The Caverá Times também adotou o mesmo critério dos jornalões)

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