O grande mico

O PSDB, o PFL e o pato da Fiesp não podem pagar sozinhos o mico pela surpresa do tal fatiamento do julgamento de Dilma Rousseff, articulado pelo PMDB no Senado.
O jornalismo golpista, que tudo sabia, foi surpreendido por um drible que, nos bons tempos, os colunistas de política não levariam pelo meio das pernas.
Como é que nenhum dos colegas que recebem informações em jantares, cafés e elevadores não sabiam do tal fatiamento, que acabou beneficiando Dilma na última hora?
Como o jornalismo adesista ficou de boca aberta, apalermado com a segunda votação que assegurou os direitos políticos de Dilma, se esse jornalismo também conspirava abertamente contra Dilma?
Leitores de colunistas ligados aos golpistas deveriam recorrer ao Procon, porque foram logrados pelo recebimento de informações óbvias, às vésperas do julgamento, e nada souberam do fatiamento.
Ficou provado que o jornalismo brasileiro funciona bem quando recebe informações de vazamentos seletivos da Lava-Jato e do juiz Sergio Moro.
A frustração com a preservação dos direitos da presidente golpeada é muito mais dos jornalistas do que dos políticos. O jornalismo subserviente também perdeu com a vitória de Dilma.
É por isso que eles duvidam da possibilidade da volta de Dilma. Para eles, a presidente golpeada deveria deixar Brasília politicamente morta.
O tal julgamento fatiado foi um drible de raposas da política em seus cúmplices do jornalismo golpista. Os jornalistas driblados pelos próprios parceiros de golpe deveriam recorrer ao Supremo.

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