O HOMEM QUE FAZIA CÁLCULOS

Por que Pedro de Almeida, jornalista, editor de livros, professor, conferencista, protetor dos animais e curador do Prêmio Jabuti, usou números errados, fez cálculos errados e tirou conclusões erradas sobre a pandemia? Só para desqualificar o isolamento social?

Talvez tenha acontecido com ele o que o bolsonarismo, a pandemia e outros efeitos colaterais estão fazendo com pessoas consideradas normais.

O bolsonarismo, a pandemia e o ambiente carregado expuseram raciocínios confusos que estavam encobertos por pântanos mentais, inclusive desse mundo dito intelectual ou cultural.

O bolsonarismo só expõe e denuncia os que são atraídos por suas tentações, mesmo que dissimulados, envergonhados ou não muito convictos ou ainda distraídos.

Mas eles já andavam por aí, apenas não haviam sido potencializados, digamos assim. O mundo dito inteligente também pode ser bolsonarista.

É só aparecer algum número diante de alguém que adora cálculos e o sujeito tenta desfazer tudo o que os cientistas já disseram sobre a pandemia.

Ainda vão aparecer outros, não necessariamente fazendo contas mirabolantes para não provar nada do que tentam provar, mas fazendo palavras cruzadas ou alguma outra coisa.

O bolsonarismo também é transmitido pelo ar.

(O caso do moço que fazia contas, para quem não sabe, está num link abaixo)

https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2020/05/25/curador-do-jabuti-se-retrata-por-minimizar-covid-19-e-admite-inverdades.htm

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O BAILARINO DA DIREITA
Ele é a Regina Duarte da Argentina. O bailarino e coreógrafo Maximiliano Guerra, um dos grandes nomes da arte portenha. Virou macrista, ficou reacionário e agora é extremista de direita.

O bailarino ataca nas redes sociais a quarentena imposta pelo governo como uma decisão comunista e nazista. Maximiliano escreveu no Twitter:

“A saúde de um povo é a liberdade, não o dedo do acusador, que te encerra em casa, enquanto os presos estão livres”.

É uma crítica à libertação provisória de presos ameaçados de contágio, como acontece no Brasil.

O bailarino quer a liberação total das pessoas nas ruas e pede sensatez ao presidente Alberto Fernández. Isso mesmo, sensatez.

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A NOTA
Precisamos admitir que foi forte a nota de Dias Toffoli e Luiz Fux em defesa do Supremo, de Celso de Mello e da democracia.

Acho que o jipe, que já estava com dois pneus furados, vai ficar sem gasolina.

E o cabo e o soldado até já deram baixa.

O golpe é um blefe da desinteligência da extrema direita.

A íntegra da nota lida pelo ministro Luiz Fux, em nome do presidente do Supremo:

“Senhoras Ministras e Senhores Ministros,
Senhoras e Senhores,
É voz corrente que um dos principais pilares das democracias contemporâneas repousa na atuação de juízes independentes, que não se eximem de aplicar a Constituição e as leis a quem quer seja, visando à justiça como missão guiada pela imparcialidade e pela prudência.
Não há democracia sem respeito às instituições. O império da nossa Constituição, a sustentabilidade de nossa democracia e a garantia das nossas liberdades não haveria sem um Poder Judiciário que não hesitasse em contrariar maiorias para a promoção de valores republicanos e para o alcance do bem comum.
O Brasil é testemunha de que o Supremo Tribunal Federal de ontem e de hoje atua não apenas pela independência de seus juízes, mas também pela prudência de suas decisões, pela construção de uma visão republicana de país e pela busca incansável da harmonia entre os Poderes.
Seja na prosperidade, seja na crise que ora vivenciamos, este Tribunal mantém-se vigilante em prol da higidez da Constituição e da estabilidade institucional do Brasil.
Não à toa, o Supremo Tribunal Federal – instituição centenária – revelou-se essencial ao regular funcionamento do Estado Democrático de Direito, porquanto guardião máximo da Constituição e da segurança jurídica.
Nesse ponto, faço especial menção ao nosso Decano, Ministro Celso de Mello, líder incansável desta Corte na concretização de tantos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros.
Se hoje podemos usufruir liberdades e igualdades dos mais diversos tipos, sem nenhuma dúvida isso se deve, em grande medida, aos mais de 30 anos de judicatura do Ministro Celso de Mello neste Tribunal.
Sua Excelência, aguerrido defensor dos valores éticos, morais, republicanos e democráticos, é, a um só tempo, espectador e artífice da nova democracia erguida em 1988, cuja solidez é o maior legado das presentes e das futuras gerações.
Por todos esses motivos, esta Corte mantém-se vigilante contra qualquer forma de agressão à instituição, na medida em que ofendê-la representa notório desprezo pela democracia.
Certamente, o espírito democrático requer diálogos entre os diferentes, para que todos possamos conviver como iguais em nossa diversidade de valores, sempre sob tolerância recíproca.
Imbuído dessa ponderação, este Supremo Tribunal Federal, no exercício de seu nobre mister constitucional, trabalha para que, onde houver hostilidade, construa-se respeito; onde houver fragmentação, estabeleça-se diálogo; e onde houver antagonismo, estimulem-se cooperação e harmonia.
Trabalhamos e existimos pelo povo brasileiro”.

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2 thoughts on “O HOMEM QUE FAZIA CÁLCULOS

    1. Observando atentamente o material publicitário, creio que suspenderam a palestra do moro por propaganda enganosa. Apresentaram-no como juiz da R.F. Brasil, quando, depois de sua exoneração do serviço PÚBLICO federal, na verdade, é apenas um advogado.

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