O JOGO DA MORTE
Não vi, e não veria nem à força, o jogo do Flamengo contra o Bangu hoje no Rio.
Foi o espetáculo da morte, com jogadores submetidos aos interesses dos clubes, dos empresários e dos patrocinadores.
Um show de alheamento de atletas resignados, incapazes de se rebelar contra uma decisão tomada enquanto cresce o número de mortos no Rio e em todo o país.
Alguém deveria ter dito: não jogaremos nesse cenário de matança e de desgoverno.
Mas jogaram. O futebol brasileiro não é apenas medíocre e mafioso, como sempre foi. É um esporte de atletas alienados, estúpidos e covardes.
E é muito engraçado, pois aqui na província, como a gente já conhece o “jornalismo esportivo”, o esforço para o” faz de conta que é contra a liberação do futebol” é ilariante. Hipócritas.
Jogadores alienados que trabalham em favor de um sistema que aliena a grande massa. Muitos clubes viram currais de grupos de interesses e nem o fato de se tornarem clubes-empresa resolverá isso.
Agora vem essa MP para alterar a comercialização dos direitos de transmissão. Essa direção do Flamengo está prestando um desserviço. Os clubes menores sempre sairão perdendo e vai sobrar para a dupla grenal. Urge uma liga organizada pelos clubes. A Argentina com há anos deu exemplo abrindo a comercialização de uma competição nacional. Pagava, levava.
Essa MP é nada mais que o anarcocapitalismo chegando ao nosso futebol. Cada um por si e o Pai Velho por ninguém.
Disseste Tudo , caro Moisés. Atletas alienados, estúpidos e covardes.
Falta aqui a indignação que caracteriza grande numero de jogadores argentinos e uruguayos.