O JUIZ ENGRAÇADINHO

Li agora uma longa reportagem da participação do juiz Sergio Moro em evento sobre corrupção promovido pelo jornal Estadão.
Não se aproveita nada. É tudo frase feita, lugar comum e reflexão de mesa de bar depois das três da madruga.
Mas o juiz consegue ser irônico quando diz coisas como essa, sobre as críticas ao fato de que interferiu para evitar o habeas para Lula quando estava em férias:
“A imprensa vive questionando o juiz porque as férias são muito longas, e aí, quando trabalha nas férias, também critica”.
Para atingir Lula, o juiz acaba produzindo um deboche sobre a agilidade da Justiça, que atinge pobres, negros e idosos dos famosos precatórios, que esperam do Judiciário (estando ou não os juízes em férias) decisões que não saem durante anos e até décadas.
A Justiça maltrata os pobres e os que não têm privilégios de classe. A única Justiça rápida no Brasil é a da Lava-Jato que caça os petistas e encarcera Lula em tempo recorde.
Um juiz também sabe o que todos nós sabemos, que a Justiça é lenta e parcial, quando favorece os poderosos e quando esquece quem não tem poder.
Um juiz deveria ser mais respeitoso com os que dependem do Judiciário e não têm um togado de férias para acelerar decisões que podem mudar suas vidas.

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