O JULGAMENTO DO GENOCIDA

O Tribunal Permanente dos Povos julga Bolsonaro hoje e amanhã, em São Paulo e Roma, por crimes contra a humanidade. Bolsonaro é acusado de sabotagem das ações dos serviços públicos e de instituições e entidades engajadas na luta contra a pandemia.

Um dos depoimentos mais chocantes é o de Shirley Marshal, presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE). Shirley denunciou que foi ameaçada de morte por grupos de extrema direita, mas avisou:

“Nada vai nos intimidar”.

O tribunal internacional que surgiu em 1966 para investigar crimes cometidos pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã (1959-1975).

A denúncia contra o genocida foi feita em conjunto pela Comissão Arns (Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coalizão Negra por Direitos e a Internacional de Serviços Públicos (ISP).

O tribunal, que continua na quarta-feira, é uma espécie de júri simbólico, mas com grande poder político, no sentido de apontar os crimes cometidos, mesmo que sem impor penas.

Num país em que o Judiciário se encolheu diante do avanço do fascismo, este pode ser o único julgamento possível do chefe do genocídio.

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