O LATIM DA ENROLAÇÃO
O debate que tenta descobrir de quem é a culpa pela soltura do traficante, se de Marco Aurélio ou do juiz ou do Ministério Público ou da lei, é um despiste.
É uma conversa hermenêutica em latim diversionista. O grande debate em torno do caso do traficante deve passar pela podridão da Justiça. Principalmente do lavajatismo.
A conversa pretensamente filosófica e pura acionada por esse caso só glamouriza personagens de um pântano.
Vamos ao que interessa. E o que interessa é fuçar nas entranhas de um Judiciário degradado, que agora se abraça a Bolsonaro.
Parem com hermenêuticas rendadas no meio dessa imundície em que um juiz cuida de um processo em que um amigo é interessado.
Chegou. Juristas, advogados, OAB, todos os que lidam com Direito. Não fujam do que importa. Entrem no fundo do pântano, para que possam sair dele, se é que conseguirão.
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QUE MICO
O narrador do jogo da seleção contra o Peru, na TV Brasil, não para de mandar abraços para Bolsonaro.
É o sujeito mais abraçado do Brasil. Ganhou um abração de Dias Toffoli.
Hoje ganhou outro abraço afetuoso do Luiz Fux.
Todos os dias ganha e manda abraços para o centrão. Bolsonaro é o ogro que ficou fofo.
(O mico do narrador não tem exemplo nem na ditadura. Um sujeito narrando um jogo na TV pública e mandando abraços para o presidente da República… É o que somos um hoje. Uma republiqueta bolsonariana.)
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O comentário bajulador do narrador teve o arremate igualmente adulatório do estranho comentarista Márcio Guedes.