O POLÍCIA, O GENERAL E A KOMBI

Três notícias para tumultuar o debate do almoço de domingo da família:
O delegado da Polícia Federal Hélio Khristian Cunha de Almeida, acusado pela Procuradoria-Geral da República de obstruir as investigações sobre a morte de Marielle Franco, montou uma “central de mutretas” na própria superintendência da PF no Rio de Janeiro.
A própria PF define assim, em relatório, o esquema de Almeida. Por conta disso, sabe-se que Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro, matou Marielle. Mas não se sabe quem matou matar, porque gente da própria PF atrapalhou as investigações.

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Revela-se uma das condições para que Augusto Aras fosse escolhido por Bolsonaro para procurador-geral da República. Ele deveria ter uma general ao seu lado, para abrir a caixa preta da PGR deixada por antecessores. Bolsonaro tem obsessão por caixas pretas.
O assessor especial para Assuntos Estratégicos de Aras é o general Roberto Severo. Um militar, mais um, vai analisar tudo o que ex-procuradores fizeram, para saber quem beneficiou quem.

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A Kombi que carregava a menina Ágatha Félix, assassinada com um tiro de fuzil no Complexo do Alemão, foi lavada antes de passar por perícia. A Lombi só foi apreendida pela investigação mais de 20 horas depois do crime.
O advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, que acompanha a família da menina, diz que a Kombi sempre esteve à disposição da perícia.

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Mas as instituições continuam funcionando.

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