O PRESIDENTE É O PROFESSOR

O homem de gravata. em pé no fundo da sala, é o professor Alberto Fernández, que leciona Teoria geral do delito e Sistema da penas, na Universidade de Buenos Aires.
Fernández foi fotografado ontem, na primeira aula de 2020, e tirei a imagem da capa do jornal Página12. Pretende dar aulas a cada 15 dias, para não se afastar totalmente do magistério.
Fernández havia assumido o compromisso de continuar lecionando logo depois de eleito, em outubro. Foi à universidade e informou aos alunos que não desistiria de dar aulas, porque isso lhe faz bem.
Num país conturbado pelo extremismo da direita e destruído pelo liberalismo que estava no poder, Fernández tenta assumir o controle de um governo aparelhado pelo macrismo sem deixar de ser professor.
Ao decidir continuar lecionando, revela-se ainda mais corajoso, porque fica exposto a uma convivência que pode ser delicada. Quantos estudantes devem discordar do que ele pensa, diz e faz? Mas lá está o professor.
Sua turma tem 55 alunos. Ontem, ele pediu que cada um se apresentasse. Imaginem a emoção desses estudantes.
Nós também poderíamos ter um presidente professor. Mas temos um que nem para aluno serve.

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